FC Porto

Vítor Bruno e a contestação dos adeptos: “Há dias em que nem eu gosto de mim próprio”

O treinador do F. C. Porto, Vítor Bruno, expressou a sua opinião sobre a indignação dos adeptos após o empate em Famalicão e, ao antecipar o confronto com o Midtjylland, na Liga Europa, sublinhou a importância do apoio dos portistas aos jogadores.

Os adeptos voltaram a criticar Vítor Bruno após o empate do F. C. Porto em Famalicão na Liga. No final do jogo, o treinador dirigiu-se à zona onde se encontravam os adeptos portistas e, entre insultos e vaias, quase foi atingido por uma garrafa de água.

Na conferência de imprensa, o treinador dos azuis e brancos tomou uma posição e afirmou que não voltaria a agradecer aos adeptos se estes assobiassem injustamente as prestações da equipa. Será que a relação de Vítor Bruno com uma parte dos adeptos do F. C. Porto atingiu um ponto de não retorno?

«É uma reação normal de adeptos que desejam estar em sintonia com a equipa, que apoiam do princípio ao fim. Compreendo a intenção da pergunta, sei onde quer chegar, não sou ingénuo, e o tipo de manifestações que têm… os adeptos são mais experientes e têm a sua opinião, sei que muitas vezes a crítica se dirige a mim e não tanto aos jogadores. No que me diz respeito, não tenho qualquer tipo de problema, há dias em que nem eu me aprecio, quanto mais os outros… não me afeta», afirmou na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Midtjylland da Liga Europa.

Em seguida, o treinador comentou o incidente que ocorreu em Famalicão. «Entendo os adeptos e as suas manifestações. O que mais me magoou em Famalicão foi perceber que os jogadores estavam a sentir uma dor profunda por terem dado tudo durante o jogo para vencer. E observar aquele tipo de retorno, incomodou-me. Os adeptos têm o direito de se manifestar, são mais experientes. Mas não vamos ficar subjugados a momentos em que sinto que não merecemos. Agradecemos imenso o apoio dos adeptos, queremos que estejam em sintonia com a equipa. Eles são o número um e os principais responsáveis pelo sucesso e a vitalidade do clube. Isso nunca vai mudar. São uma mais-valia. Se no final têm de se manifestar, que o façam. Tudo o que seja mais extremo é mais complicado», concluiu.