Sérgio Conceição disse, na antevisão ao jogo frente ao Liverpool, que a partida no Dragão, frente aos ingleses, já ficou para trás.
“O primeiro jogo já foi há algum tempo. Já o dissecámos, corrigimos e trabalhámos em cima de alguns erros. Mas não passou disso. Assim como no último jogo contra o Feirense houve coisas positivas e outras nem tanto, como acontece sempre. Houve mais coisas negativas nesse jogo contra o Liverpool, mas já falámos sobre ele e o importante agora é o de amanhã”, começou por dizer o técnico azul e branco.
“Não podemos controlar o que o adversário vai fazer, nomeadamente as escolhas do treinador para o onze inicial. Temos de olhar para um lote de grandíssimos jogadores e, independentemente de quem jogue, dará uma resposta capaz e ao nível de um grupo de trabalho como o do Liverpool. Na minha opinião, e já o disse várias vezes, são uma das melhores equipas do mundo. Olhamos para a dinâmica coletiva da equipa, para os princípios da mesma, e isso, independentemente de quem jogue, não vai fugir ao que nós conhecemos”, analisou, antes de começar a explicar o que correu mal no primeiro jogo com os Reds.
“Se olharmos para as melhores equipas do mundo, essa agressividade, essa intensidade de jogo, essas mudanças de ritmo, serem equipas capazes de ter bola, verticais, que permitem muito pouco ao adversário pela constante pressão que fazem… falamos do Liverpool como uma das melhores, mas também podemos falar do Bayern Munique ou da seleção alemã. Desde que eu cheguei ao FC Porto, depois da minha passagem pelo Nantes onde tinha um grupo de jogadores que me permitia jogar da forma que eu acho que se está mais perto de ganhar… sem dúvida que o faço. Uma das situações teve a ver com essa organização, porque eu acho que o que é individual vem à tona quando o coletivo é forte”, disse.
“Coletivamente falando não fomos uma equipa forte nesse jogo [com o Liverpool]. Não fizemos faltas, estivemos mal posicionados e nem sequer chegámos próximos dos adversários. Mas isso foi tudo dissecado e vamos pensar no jogo de amanhã como um jogo diferente. Já defrontámos equipas inglesas e vocês costumam dizer que não é fácil jogar contra elas, mas nós na época passada demos uma resposta muito capaz contra o Chelsea, que foi campeão da Europa. O jogo depende daquilo que fizermos. Depois não podemos controlar a estratégia do adversário, que não será muito diferente do que tem apresentado nos testes semanais fantásticos. Em Inglaterra há desafios interessantíssimos de semana a semana, que metem a equipa a jogar num grau competitivo de grande nível. Já sabemos isso, mas temos as nossas armas, a nossa capacidade, a nossa organização de jogo, a nossa ambição, representamos um clube histórico e vamos a Inglaterra fazer o jogo decisivo para passarmos”, assumiu.
“Numa das primeiras conferências que fiz disse que acreditava que, num grupo tão equilibrado, se ia decidir tudo no último jogo do grupo e continua a ser essa a minha convicção”, finalizou.