Ciclismo

Uma volta para voltar a ganhar

1626 quilómetros e 10 etapas compõem a edição de 2017 da Volta a Portugal que tem início esta tarde

Sai esta tarde para a estrada a edição de 2017 da Volta a Portugal em bicicleta, uma prova para qual a equipa da W52-FC Porto-Mestre da Cor sai com praticamente tudo a perder, mas com a ambição de tudo voltar a ganhar. Neste tudo cabe a defesa da camisola amarela que em 2016 ficou com Rui Vinhas, a camisola verde, dos pontos, que terminou no corpo de Gustavo Veloso, bem como a classificação coletiva, que foi largamente dominada pela equipa azul e branca. Para além disso, há ainda os três lugares entre os cinco primeiros da geral que foram de corredores com dorsal azul e branco.

Não é por isso estranho se ouvir o diretor desportivo dos Dragões a assumir-se como claro candidato à vitória. Seja com um plano A, que admite claramente chamar-se Gustavo Veloso, ou com um outro qualquer ciclista dos oito que vão partir para o Prólogo de Lisboa, Nuno Ribeiro tem bem clara a ideia de que quer vencer a Volta a Portugal.

E, verdade seja dita, não lhe faltam argumentos para isso: “A equipa está bastante bem. Até ao momento fez uma época excelente e agora estamos focados na Volta a Portugal. Quando construímos uma equipa como esta, no início do ano o objetivo é só um: vencer a Volta a Portugal. Nesta equipa temos esse objetivo e neste clube temos essa obrigação”, afirmou o diretor desportivo numa entrevista exclusiva à revista Dragões, que estará disponível brevemente.

Face a 2016, há apenas uma alteração na equipa: o reforço Amaro Antunes ocupa o lugar deixado vago por Rafael Reis, juntando-se assim a Rui Vinhas, Gustavo Veloso, Raúl Alarcón, António Carvalho, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e Joaquim Silva. São estes os oito corredores que mantêm intactas as esperanças de voltar a dominar as estradas do país.

Ao todo serão 1626 quilómetros distribuídos pelo Prólogo de Lisboa, entre Belém e Alcântara, e as dez etapas e 11 dias que se seguem. No que a itinerários diz respeito, talvez o maior destaque seja para uma não chegada ao Alto da Torre, ainda que a subida ao ponto mais alto de Portugal represente o único prémio de montanha de categoria especial da edição de 2017.

Essa que, ainda assim, é tida como a etapa rainha da Volta a Portugal, será a nona e penúltima etapa da prova, mas antes disso haverá muitos pontos de interesse: a chegada ao Monte Farinha, no Alto da Senhora da Graça, a passagem pelo salto da Pedra Sentada, durante exigente etapa de Fafe, ou a chegada ao Santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo, serão pontos de espetáculo garantido, a que certamente se somará o contrarrelógio individual muito técnico que colocará um ponto final na competição. Viseu será a meta final de uma corrida na qual se espera muita ação e muita emoção.

 

fonte: fcporto.pt