Como Vítor Bruno destacou algumas horas antes de se deitar pela primeira vez como treinador principal (mesmo que de forma provisória), não existem campeões de ano civil – nem de inverno – mas os números nesta fase são encorajadores para o FC Porto, apesar de os adeptos criticarem as prestações da equipa. O próprio técnico reconheceu que tem faltado criatividade, mesmo que os resultados sejam a sua prioridade. E estes são superiores aos de um ano atrás. Após as primeiras 15 jornadas, ou seja, quase no término da primeira volta, a formação de Vítor Bruno contabiliza mais três pontos do que no mesmo período de 2023/24, onde também havia perdido na Luz e em Alvalade. A diferença é que na última temporada de Sérgio Conceição, a equipa também sofreu uma derrota em Vizela, e agora apenas tem os insucessos em casa dos principais adversários, que irá receber no Dragão na segunda volta.
Entretanto, a principal diferença entre as duas equipas do FC Porto é a sua capacidade de ataque, que é bastante superior. A equipa já contabiliza 36 golos na competição, ou seja, mais 14 – quase um a cada jogo – do que no mesmo período do ano passado. Esta inclinação para o ataque dos azuis e brancos não comprometeu a sua solidez defensiva, uma vez que o registo de golos sofridos também é melhor: nove em vez de 11.
Em Moreira de Cónegos, o FC Porto pôs fim a uma série de cinco jogos consecutivos sem vencer fora de casa, em todas as competições – no campeonato, contabilizariam “apenas” duas derrotas, terminando mais um jogo sem que Diogo Costa tivesse que ir buscar a bola ao fundo da baliza. Apenas em cinco dos 15 jogos é que o FC Porto sofreu golos, mesmo com as constantes alterações, não só na defesa, mas também nas laterais. Isso demonstra que a equipa é sólida.