O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) acabou de tomar uma decisão histórica no futebol português.
João Palhinha, que tinha visto o 5º amarelo no jogo frente ao Boavista, teria que cumprir castigo frente ao Benfica na jornada seguinte. O Sporting interpôs uma providência cautelar, apelando que o árbitro da partida, Fábio Veríssimo, terá admitido o erro na admoestação do cartão.
O atleta sportinguista conseguiu assim participar na respetiva partida, que o Sporting venceu por 1-0. Contudo, a lógica ditava que, com o castigo suspenso, o jogador ficaria na mesma com 4 amarelos.
Ora, o TAD decidiu hoje em sentido contrário. O cartão amarelo a João Palhinha não é anulado e o jogador não cumpriu castigo e mantém os 5 amarelos. Só será castigado esta época por acumulação de amarelos, se chegar aos 9 amarelos.
“Resulta claríssimo, por tudo quando o Colégio Arbitral não disse e por tudo quanto o Colégio Arbitral disse, que não houve – nem podia haver – qualquer anulação do cartão amarelo exibido pelo árbitro Fábio Veríssimo ao Demandante no jogo subjudice. Resulta claríssimo, isso sim, que o que o Colégio Arbitral decidiu foi que tal cartão amarelo – face ao teor da referida pronúncia formalmente solicitada ao árbitro Fábio Veríssimo e embora por este efetivamente exibido durante o jogo sub judice – não
pode integrar a hipótese, a previsão, o tatbestand, a facti species da norma sancionatória tipificada no artigo 164.º, n.º 7, do RDLPFP, não devendo, portanto, produzir quaisquer efeitos no âmbito desta mesma norma sancionatória”, pode ler-se no acórdão do TAD.
