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“Todos os ex-árbitros que foram consultados acham que há marosca”

O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, abordou as revelações do jornal Expresso, que davam conta da existência de uma conversa entre Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira sobre a nota de Rui Costa no jogo FC Porto-Benfica, disputado em maio de 2014.

Francisco J. Marques acredita que a alegada descida da nota do árbitro Rui Costa no jogo entre FC Porto e Benfica, em maio de 2014, “não é normal”, destacando ainda que, à época, os clubes não tinham acesso às notas dos árbitros.

“À época, porque atualmente os regulamentos já não permitem fazer este tipo de coisas, os clubes tinham direito de reclamar das notas dos desempenhos dos árbitros. Mas os clubes não sabiam as notas com que os árbitros tinham sido avaliados; só sabiam a descrição dos lances relevantes e, se não concordassem com determinada coisa, reclamavam. Mas o Benfica não só sabe a nota, tendo acesso a informação que não devia ter, como consegue intervir e baixar a nota para 2.0”, começou por referir o diretor de comunicação e informação do FC Porto.

“Falei com um ex-árbitro e, sem particularizar, perguntei-lhe: 'É normal baixar uma nota de 3.5 para 2.0?' E ele respondeu: 'Não, isso é vigarice'. E eu: 'Vigarice como?'. E ele: 'É vigarice. só se não marcasse dez penáltis. Mas se não marcasse dez penáltis não teria 3,5. Isso foi de propósito e não acredito que tenha acontecido'. Ao que sei, por contacto indireto, todos os ex-árbitros que foram consultados acham que há marosca; que não é normal. O Benfica veio alegar que tinha usado uma reclamação legal. Mas o problema não está aí. Isto é o tempo do famigerado Ferreira Nunes, a pôr e dispor das notas dos árbitros. É nesta altura que, por exemplo, Vítor Pereira nomeia Marco Ferreira desconhecendo que tinha tido avaliações tão negativas e que ia ser despromovido. É o poder de Ferreira Nunes, pessoas muito próxima e, ao que consta, ao serviço do Benfica. Está nas mãos da FPF tornar público todas as reclamações que existiram e o que aconteceu”, continuou Francisco J. Marques.

(Fonte ojogo.pt)