Após ter consentido quatro golos e permitido 46 remates nos confrontos com o Manchester United e o Sp. Braga, no Dragão, o que gerou desconforto no seio do universo portista, Vítor Bruno decidiu alterar o eixo defensivo da sua equipa, escolhendo Tiago Djaló para jogar ao lado de Nehuén Pérez. Na prática, os portistas não sofreram golos nos jogos contra o Sintrense e o Hoffenheim, mostrando uma consistência defensiva superior, embora deva ser considerada a inferior qualidade dos oponentes que enfrentaram.
Independentemente dessa situação, os indícios foram encorajadores, especialmente na recepção ao clube da Bundesliga, sugerindo que a dupla se manterá, o que poderá reforçar a estabilidade na linha defensiva da equipa sob a direcção de Vítor Bruno.
Os dois reforços que chegaram de Itália no último verão, por empréstimo da Udinese (Nehuén) e da Juventus (Djaló), têm agora a oportunidade de se estabelecer como uma dupla numa zona crítica do campo, onde os portistas não puderam contar com o capitão Pepe, um dos melhores defesas centrais da história do clube. Perdeu-se uma voz de liderança e Tiago Djaló, pela sua experiência de vários anos no Lille, onde conquistou um título, poderá assumir essa posição de destaque na liderança da defesa.
Os desafios que se avizinham na agenda dos dragões, contra o AVS SAD, Moreirense, Estoril, Lazio e Benfica, irão pôr à prova a solidez desta nova abordagem.
Cãibras não foram registadas no boletim
Após quase 19 meses afastado dos relvados, Djaló jogou os 90 minutos contra o Sintrense, mas no jogo com o Hoffenheim não conseguiu completar o jogo e pediu a substituição (84’). Não é motivo de preocupação. O defesa apenas teve cãibras e o seu nome não foi mencionado no boletim clínico de ontem, onde se encontram ainda Marcano e Wendell, a treinar de forma condicionada, e Zaidu a integrar-se com limitações.