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“Tentaram usar a Justiça para condicionar jogos”, explica elemento da PJ sobre denúncias anónimas

O inspetor da Polícia Judiciária, Luís Ribeiro, marcou esta terça-feira presença na Cimeira Internacional de Especialistas sobre Apostas Desportivas, Integridade e Media, no Porto, tendo, além do denominado jogo da mala, abordado o fenómeno das denúncias anónimas que marcou esta épocas futebolística em Portugal.

“Aconteceu uma situação atípica esta época, com alguns clubes a utilizarem a Justiça como arma de arremesso. Houve uma catadupa de denúncias anónimas antes de certos jogos. Tentaram usar a Justiça para criar suspeição sobre a equipa A ou B e para condicionar esses jogos. Os recursos da PJ e Ministério publico já não são muitos e não é desejável que se perca meios com este tipo de situações, que servem apenas para lançar fumo para a opinião pública, porque depois quando se analisa do ponto de vista criminal é uma mão cheia de nada”, afirmou.

“Houve a detenção de elementos do Benfica que surgiu na sequência de uma denúncia anónima. Uma vez que resultou, terá levado a muitas mais que, no entanto, a maioria delas, são desprovidas de conteúdo criminal”, explicou ainda Luís Ribeiro.

Sobre o caso Jogo Duplo, centrado na corrupção ativa e passiva em competição desportiva e apostas desportivas fraudulentas referentes à época 2015/16 na II Liga, Luís Ribeiro mostrou-se convencido que “todos os arguidos vão ser condenados”