Tarik Sektioui foi trazido para o FC Porto por Co Adriaanse durante a temporada 2005/2006, tendo de ‘lutar’ para se afirmar como uma opção. O jogador marroquino, que na altura contava com 29 anos, viveu uma série de experiências no Dragão. Embora tenha começado como um suplente raramente utilizado, acabou por se tornar uma figura chave para Jesualdo Ferreira na conquista de, pelo menos, um dos três campeonatos nacionais consecutivos.
Em 2006, o avançado foi utilizado apenas em cinco ocasiões e, sem espaço no plantel, foi emprestado durante o verão desse ano ao RKC Waalwijk, onde também não foi além de 10 jogos (sem qualquer golo marcado).
De regresso a Portugal, e quando parecia que a sua saída definitiva do clube se aproximava, Sektioui acabou por renascer com a camisola do Dragão. Jesualdo Ferreira conseguiu enxergar no internacional marroquino o que, até então, ninguém tinha conseguido, e deu-lhe a ‘oportunidade’ de se destacar. No total, o extremo participou em 34 jogos e marcou nove golos, além de ter realizado quatro assistências.
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Foi na temporada 2007/08 que Sektioui se deparou com o incrível (e ainda jovem) Manuel Neuer. O guarda-redes alemão, ao serviço do Schalke 04, foi o principal responsável pela eliminação do FC Porto na Liga dos Campeões, com uma série de defesas quase impossíveis durante o jogo e, posteriormente, ao desviar os remates de Bruno Alves e Lisandro López na série de grandes penalidades.
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A eliminação na Champions não desmotivou o clube azul e branco, que, mais tarde, viria a conquistar o título de campeão nacional. Tarik Sektioui, que nunca foi um goleador no Dragão, foi perdendo espaço e na temporada seguinte participou em apenas metade dos jogos que tinha realizado na anterior. Os golos, por sua vez, surgiram em apenas duas ocasiões.
A saída do FC Porto tornou-se, então, inevitável e, também nesse momento, Sektioui deu ‘adeus’ aos grandes palcos europeus. Transferiu-se para o Ajman, nos Emirados Árabes Unidos, onde participou em 25 jogos, tendo marcado três golos. A sua última temporada foi no mesmo clube onde tudo começou, nos marroquinos do Maghreb Fès. A sua despedida deu-se ao fim de 15 jogos e mais nove golos.
Após ter ‘pendurado as chuteiras’ há dois anos, Sektioui assumiu a função de treinador deste clube e, desde então, tem aceitado vários desafios em Marrocos. No meio de tudo, ainda orientou o Emirates Club, dos EAU, mas rapidamente regressou ao seu país. Mais recentemente, foi convidado a treinar a seleção marroquina de sub-23 nos Jogos Olímpicos de Paris, função que ainda desempenha, tendo conseguido conquistar a medalha de bronze.
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