Com a implementação do novo protocolo acordado entre a SAD do FC Porto e os Super Dragões, a claque, conforme foi mencionado em agosto, passa a ser responsabilizada pelo pagamento das sanções impostas pelo Conselho de Disciplina que possam ser atribuídas a ela. Após quatro jornadas do campeonato e a Supertaça Cândido de Oliveira, o FC Porto foi multado em um total de 13 288 euros (sem contar os valores automaticamente atribuídos devido a cartões amarelos), devido a vários fatores, incluindo o atraso no início e reinício das partidas, a não observância de outros deveres e o comportamento inadequado do público.
Relativamente a este último aspecto, foram impostas quatro multas que totalizam 7780 euros. No entanto, 2550 euros dizem respeito ao jogo contra o Rio Ave, no Estádio do Dragão, devido a “um grupo de cerca de cinquenta adeptos que usava vestuário de cor preta” que acendeu “dois flash lights e um pote de fumo”. Neste caso, os responsáveis estavam fora da Zona de Condições Especiais de Acesso e Permanência de Adeptos, pelo que é difícil que esta multa possa ser atribuída à claque. Além disso, o vestuário preto é frequentemente utilizado pelo grupo dos “Casuals”.
Dessa forma, “apenas” 5230 euros poderão ser atribuídos ao comportamento inadequado da claque, resultantes de incidentes nos clássicos da Supertaça e de Alvalade. Nos outros três jogos oficiais (Gil Vicente, Santa Clara e Rio Ave), os Super Dragões demonstraram um comportamento exemplar, não havendo registo de qualquer sanção a seu respeito, o que foi um acontecimento raro nos anos anteriores. No protocolo anterior, a SAD podia “exigir o pagamento total ou parcial de tais montantes”, mas não há registo de que isso alguma vez tenha acontecido. No entanto, a situação agora é diferente e a administração de André Villas-Boas responsabiliza diretamente o grupo de adeptos pelos seus atos, transferindo a responsabilidade das multas impostas pelo CD. Para já, os resultados são visíveis: a claque tem causado menos incidentes nas bancadas.