Um adepto do FC Porto foi agredido com violência por um grupo de várias pessoas no exterior do estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
A intervenção de populares evitou que as agressões continuassem. Pouco depois, surgiu um agente da PSP que ajudou o adepto.
“Posso perder a visão de um olho por causa de um jogo de futebol, por causa de gente sem coração. Tenho a minha vida estragada.” O lamento é de João Almeida, de 28 anos, um de cinco adeptos portistas, todos familiares e de Vila Nova de Gaia, agredidos, no sábado, nas imediações do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, antes do encontro do Vitória com o FC Porto (0-1).
“Quando chegámos ao estádio, pelo caminho que a PSP nos indicou, um grupo de 30 adeptos do Vitória apedrejou o carro e uma das pedras atingiu o meu enteado na cabeça. Saí para socorrê-lo, com o meu cunhado, e fomos agredidos”, contou António Araújo, que conduzia o veículo.
“Estavam dois polícias naquela zona. Pouco puderam fazer para nos proteger. Felizmente, chegou uma carrinha do corpo de intervenção”, frisou. “Pensei que o meu irmão João ia morrer, só lhe dizia ‘por favor, não me deixes’. Levou com uma pedra na cabeça e desmaiou no meu colo”, contou, emocionado, António José Almeida: “Os adeptos, mesmo assim, não paravam de nos agredir. Só pedia para pararem, para levarem o meu irmão para o hospital.”
Os familiares foram todos hospitalizados em Guimarães e já não assistiram à partida. João Almeida teve de ser transferido para o S. João, recebeu alta de madrugada, mas voltará esta segunda-feira para nova avaliação às consequências no olho atingido.
“Vou apresentar queixa das agressões, hoje [este domingo], numa esquadra no Porto”, frisou António Araújo.
Abaixo a imagem dos ferimentos causados pelas agressões