Guilherme Aguiar, ex-dirigente do FC Porto, comenta a O JOGO a aprovação do regulamento de segurança do Estádio da Luz.
O Instituto Português do Desporto e Juventude aprovou ontem o regulamento de segurança do Estádio da Luz, entregue pelo Benfica durante a manhã, viabilizando assim a receção ao Braga, na primeira jornada do campeonato. Impendia sobre o recinto encarnado o risco de interdição, devido à permissão de entrada de tarjas e bandeiras a grupos organizados de sócios – que o clube não reconhece como claques, nem estão legalizadas enquanto tal, apesar de o registo ser obrigatório desde 2004 – e a existência de espaços e bilhetes fixos para esses mesmos grupos. Vieira negou a existência de claques organizadas e garantiu que o Braga jogaria na Luz contra o Benfica, o que viria a confirmar-se após o despacho assinado pelo presidente do IPDJ, Augusto Baganha.
Guilherme Aguiar, ex-dirigente do FC Porto, comentou o caso a O JOGO, questionado se o IPDJ demorou demasiado tempo a agir. “Não consigo explicar a demora do IPDJ, pois o incumprimento do Benfica há muito que era conhecido. Toda a gente sabe que o Benfica tem claques que reconhece e apoia e às quais dá toda a atenção, não estando legalizadas. Só pela arrogância do Benfica percebo que não tenha acontecido nada até agora. Só mediante a denúncia de um clube, o IPDJ agiu em conformidade, pelo que admito que se tivesse questionado se algo iria acontecer. Sobretudo pelo tempo em que se fingiu que não acontecia. Parto do princípio de que a lei é igual para todos e é aplicada. Mas não tenho a certeza. Acreditamos que estamos num estado de direito na assunção dos direitos e obrigações”, afirmou.
fonte: jn.pt