André Villas-Boas apresentou hoje a sua candidatura à presidência do FC Porto.
Na Alfândega do Porto, e perante mais de 700 pessoas, o ex-treinador do FC Porto começou por criticar a atual gestão financeira do clube, propondo uma gestão “transparente”. Para tal, segundo o próprio, será criado um portal, no qual os adeptos do clube terão acesso aos dados de qualquer negócio.
“Não temos medo, nem vergonha, todos os custos associados a intermediações serão declarados no nosso portal de transparência. Nos últimos 20 anos, o FC Porto encaixou 2.9 mil milhões de euros em receitas, mas não foi acautelada a gestão financeira”, disse.
Villas-Boas comprometeu-se a analisar as razões que conduziram o FC Porto a um “descalabre financeiro”, garantindo que a nova administração aportará “maior rigor na gestão, racionalização de custos, renegociação da dívida e iniciativas que aumentem valorizem a marca FC Porto” e que serão reduzidos, em mais de 50 por centro, os encargos atuais, com a remuneração fixa da equipa de administração.
“No que respeita à remuneração variável será aplicado um teto máximo de 60 por cento da remuneração fixa e um pagamento condicionado a ponderadores positivos das áreas financeira e desportiva. Finalmente, sabemos que existem colaboradores no FC Porto competentes e dedicados, e, como tal, todos os colaboradores do FC Porto passarão a ser abrangidos por um sistema de remuneração variável”, continuou o candidato à presidente do clube portista.
Garantindo que todas as propostas serão apresentadas e debatidas em sede de campanha, em sessões públicas, André Villas-Boas disse ainda que pretende apostar numa nova direção de scouting, num gabinete de perfomance e numa rejuvenscida metodologia de formação, alavancando a “emancipação” dos jovens.
André Villas-Boas referiu, por fim, que os órgãos sociais serão conhecidos nas próximas semanas.