FutebolVídeo

Sérgio Conceição: “Temos que estar ao nosso melhor nível”

O treinador do FC Porto fez hoje a conferência de imprensa de antevisão ao jogo frente ao Fabril do Barreiro, em jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.

Sobre a pausa para seleções: Estas duas semanas foram boas quanto ao tempo que tivemos para trabalhar com os jogadores que ficaram. Claro que o desejado era que tivéssemos mais jogadores à disposição. É importante ter muitos jogadores nas seleções, mas poderia haver um ajuste no calendário. Foram boas semanas para trabalhar especificamente com alguns jogadores que ainda não estavam dentro da dinâmica da equipa.

Foco da preparação do jogo: Preparamos o jogo, não a pensar que pode ser uma vitamina para um ou outro jogador. Preparamos o jogo dentro da estratégia definida para defrontar um adversário da qualidade do que vamos defrontar. Temos que estar atentos, porque a Taça é uma prova fantástica, pela qual tenho um carinho especial desde miúdo, até por essas surpresas. Não queremos ser surpreendidos nesse tipo de situações que tanta vez acontece nesta prova. Queremos iniciar bem a caminhada para revalidar o título.

Falta de concentração na Taça: Espero que não. Faz parte da preparação do jogo. Os jogadores estão muito comprometidos. Os jogadores que entraram já vão encaixando na forma exigente como estamos aqui, no trabalho que é feito com muita seriedade. Independentemente do adversário, temos que olhar para o que somos, para o clube que representamos, e isso é sinónimo desse trabalho sempre sério. Isso não vai acontecer. Estamos cientes das dificuldades que podemos encontrar se não estivermos ao nível habitual.

Equipa titular contra o Fabril: O treino é que dita quem utilizo. Pode haver uma ou outra exceção, mas normalmente funciono dessa forma. Há uma preparação feita para o jogo, e não é meter só os jogadores a treinar. Gosto de utilizar os jogadores que estão nessa preparação. Provavelmente haverá algumas mexidas, mas não por falta de respeito pelo adversário nem a pensar no jogo de terça-feira, em França. Quem faz as coisas dessa forma, normalmente, dá-se mal nos dois jogos.

Sobre o adversário: É um adversário que joga num 4x4x2, com o João Araújo atrás do adversário. Pelo respeito que me merece o Fabril, e pela sua história. Eram jogos muito difíceis, penso que o FC Porto tem 12 vitórias e 11 derrotas. Eram jogos muito competitivos. Sabemos da história. O adversário torna-se mais ou menos frágil dependendo do que fizermos. Somos claramente favoritos para este jogo, mas sempre com o máximo respeito, percebendo algumas fragilidades do adversário. Muitos jogadores, se calhar, não conhecem esta situação da Taça de Portugal, mas, pela seriedade da preparação do jogo, todos percebem que teremos que estar ao nosso melhor nível.

Sobre Felipe Anderson: Não gosto muito de individualizar. Tem trabalhado muito bem. Naquilo que é o treino, não há nada a dizer. Estas duas semanas foram importantes. Agora, depende da capacidade dele de colocar no treino o que quero, para que depois possa ser visível no jogo. Claro que conto com ele.

Hulk pode entrar para o lugar de Marega: Não é opção para o Fabril. O Marega é opção para o Fabril.

Calendário cheio: São 11 jogos até fim de dezembro, com muitos jogos decisivos. Foi falado, sim. Demos esse alerta, para agora entrar jogo a jogo. Estamos focados no Fabril. É a vida das equipas. Estamos cá para a luta.

Pepe de regresso na Liga dos Campeões? Não sabemos. É uma lesão muito chata, como eu sou às vezes. Não estará neste jogo, e dificilmente estará para o Marseille. O departamento médico explicará de forma muito mais técnica do que eu.

Preparado para o onze do Fabril? Conseguir, consigo. Posso é cair, porque o Fabril também foi testado e não sabemos quem está pronto para o jogo. Há muitas dúvidas. Mas o Miranda vai estar no meio-campo, já falei dos dois da frente… Há muitas dúvidas.

Sobre o Campeonato de Portugal: Acompanho, sou um admirador confesso. Quando estou em Coimbra, varro tudo e bebo a minha Mini no café. Também sigo o Campeonato de Portugal, até porque tenho um filho a jogar no Estrela da Amadora. Há muita qualidade, e muitas vezes aproveitam estes jogos para a demonstrar. Acredito que há muitos jogadores nas divisões secundárias que, de um momento para o outro, podem dar o salto. Na minha altura, estive no Penafiel quase a descer de divisão, no segundo ano tive no Leça, onde fomos campeões, no terceiro estive no Felgueiras e, depois, estava no FC Porto. Dois anos depois, estava em Itália, na equipa mais cara do mundo na altura. Há qualidade, o que é preciso é apostar nos jovens. Não tenho nada contra jogadores vindos de fora, até porque fui emigrante durante muitos anos. Não gosto é que, muitas vezes, venham jogadores de fora do país quando há jogadores jovens portugueses que têm talento e qualidade.