O treinador falou sobre o jogo da semana passada em Paços de Ferreira e, num tom bastante assertivo, relembrou os tempos em que treinava Olhanense e Académica, referindo jogos frente a Benfica e Sporting.
Jogo com o Boavista: “Exige aquilo que a equipa tem dado até ao último jogo que fizemos. Fomos uma equipa fiel àquilo que trabalhámos, esperamos um adversário difícil e estamos preparados. Tivemos uma semana para preparar este jogo. Vamos dar uma boa resposta. Já estão vendidos 44 mil bilhetes e aproveito para agradecer também aos sócios e aos adeptos, que estão a dar mais uma prova de grande empatia e de crença. Vivemos uma semana de acordo com o que foi um jogo menos conseguido da nossa parte, num contexto difícil, diferente. Mas completamente conscientes do que temos para fazer para ganhar os três pontos. Foi dessa forma que trabalhámos esta semana”.
Diferenças em relação a Paços de Ferreira: “Esperamos que seja tudo um pouco diferente do último jogo, começando pelo tempo, o campo também vai ser diferente. Todos os jogos têm a sua história. Em relação aos que jogam na frente, sendo de características diferentes, muda uma ou outra nuance, mas não mudam os princípios da equipa”.
Polémica à volta do jogo de Paços de Ferreira: “Meteram por aí uma conferência em que eu era treinador da Académica, em que fomos empatar a Alvalade. Na altura, o Leonardo Jardim era o treinador do Sporting. O que foi metido cá para fora foi parte da conferência. O que se passou foi que a Académica defendeu muito bem e acabámos por levar um ponto de lá. Não houve, de maneira nenhuma, antijogo. Uma coisa é antijogo, outra coisa é interpretar e cumprir a estratégia desenhada. Já falámos das equipas que já jogaram contra o FC Porto. Disse sempre que cada treinador tem a sua estratégia montada para cada jogo. Fui treinador da Académica, do Olhanense, do Vitória, do Braga, com muito orgulho. Esse jogo em Alvalade está gravado. Contem os minutos jogados nesse jogo, contem também no Olhanense-Benfica. O que eu quis dizer foi que o Olhanense jogou com a equipa muito mais recuada. Não houve a palhaçada que houve em Paços de Ferreira. Vi meio mundo escandalizado por não cumprimentar o treinador do Paços. Fiquei a perceber porque é que existem tantos adeptos do Paços de Ferreira. Não tenho nada contra o João Henriques. Vi-o foi a promover esse tipo de situações. O que percebi foi isso e não me senti com à vontade de o cumprimentar, não sou hipócrita, não sou falso. O antijogo pode-se fazer. Então uma pessoa que tem dificuldades pode ir roubar. Entende-se que pode defender com a equipa baixa, queimar algum tempo, isso é normal, também as minhas equipas pequenas já fizeram isso. Porque é que desculpamos mais isso do que outro treinador não se sentir à vontade para cumprimentar o outro?”