Futebol

Sérgio Conceição realça a “sintonia entre equipa e adeptos”

No final da partida frente ao Galatasaray, Sérgio Conceição falou da vitória do FC Porto:

Estádio cheio: “O apoio dos adeptos é fundamental. Os jogadores sentem isso e a sintonia entre equipa e adeptos é crucial, foi no passado e continua a ser agora. A caminhada não é fácil e têm sido uma mais-valia.”

O FC Porto é favorito ao primeiro lugar no grupo? “O Schalke 04 ganhou fora e este grupo é extremamente equilibrado. Vão ser importantes os jogos fora. O próximo é com Lokomotiv e pode ser decisivo ou perto disso. Fizemos o nosso trabalho, empatámos na Alemanha, hoje ganhámos a uma equipa que não é tipicamente turca. Tem experiência acima da média e esse fator pode ser fundamental. Estamos habituados a jogar com avançado diferente, devíamos ter mais bola na frente. Podíamos ter definido melhor numa ou outra situação, eles criaram situações de perigo em que Iker esteve muito bem. Na segunda parte estivemos melhor, acima da média, com posse, qualidade na circulação de bola. É um resultado justo num jogo difícil.”

Estilo de jogo: “Sentíamos e sabíamos as características individuais dos jogadores. Tentámos jogar em profundidade, saiu bem, mas faltou ter mais bola, principalmente na primeira parte. O lance do golo nasce no Iker, que depois dá canto e depois golo. Não gosto da equipa passiva, gosto de uma equipa objetiva, que olhe para a baliza, com bola, com momentos em que a devemos ter de forma a procurar a baliza adversária.”

Corona a titular e exibição de Marega: “Antes de mais, o grupo quer dedicar a vitória ao Aboubakar. Havia essa vontade e a vitória é para ele e para a Dona Gracinda, uma senhora da família que faz anos hoje. Sabíamos o que queríamos deste jogo. Conhecíamos bem o Galatasaray. Já não é como era há uns anos, as equipas não se inibem quando jogam fora, têm experiência, maturidade, tornam as coisas mais difíceis nesta competição. Com Marega na frente, sabíamos que era um jogador diferente, mais móvel. Tivemos alguma dificuldade na primeira parte em segurar bola na frente, faltou-nos disponibilidade na linha média. O Corona era para dar profundidade na linha direita, podia criar problemas, tentei montar estratégia para ganhar o jogo. Na primeira parte pecámos por não ter tanto a bola, com mais bola a equipa era mais forte no processo ofensivo e estava mais preparada para defender. Mudámos isso no segundo tempo. Golo começou no Iker e passou por todos os setores até ganharmos o canto. A segunda parte foi mais dentro do que eu queria para o jogo.”

Alterações que fez durante o jogo motivaram alterações táticas durante o jogo: “Era o que o jogo ia pedindo. Equipa deu resposta muito positiva. Há nuances e variantes consoante características dos jogadores, consoante o nosso trabalho também. Isso aconteceu de forma natural e a resposta foi a que eu esperava.”

Equipa correspondeu ao que queria? “Acho que sim, ganhámos, é o mais importante. A parte da defesa teve mais a ver com a forma como atacávamos. Melhorámos no segundo tempo, estivemos mais fortes e daí a disponibilidade dos jogadores era melhor. Defensivamente tivemos alguma dificuldade em contrariar o adversário, tentaram uma ou outra vez sair, não estivemos tão bem ali, mas corrigimos ao intervalo. Estou satisfeito com vitória e dinâmica da equipa. Há sempre coisas a corrigir, obviamente, mas estamos cá para corrigir durante a semana. Andamos sempre a trabalhar atrás do erro.”

Sem Aboubakar teve de reforçar meio-campo: “Sabia que se o Galatasaray jogasse com avançado ia mudar dinâmica da equipa. Meteram um homem que joga na ala na frente, o que tornou forte a presença de homens no corredor central do Galatasaray. Nem sempre fomos eficazes em estagnar o perigo do Galatasaray, mas isso faz parte do que é a qualidade dos jogadores adversários.”