Técnico do FC Porto fez a antevisão à 2ª mão frente ao Chelsea, numa conferência que contou também com a presença de Otávio.
Sérgio Conceição referiu que os “Dragões” estão alertados para os perigos que o Chelsea pode provocar, dizendo que marcar e ser “equilibrados nos momentos do jogo”, são essenciais para reabrir a eliminatória.
Sobre o Chelsea:
“Não consigo prever o que o adversário irá fazer, não tenho uma bolinha mágica para saber como vai encarar este jogo depois de ganhar por 2-0. Analisamos a dinâmica da equipa e aquilo que podemos ou não fazer melhor. Quanto ao jogo, foi de bom nível, mas não foi muito bom, caso contrário tínhamos ganho. É em cima disso que vamos trabalhar e melhorar aquilo que foi uma boa prestação da equipa.”
Como reabrir a eliminatória:
“Fazer golo. Sendo equilibrado nos diferentes momentos de jogo para não sermos surpreendidos também. Esta forma de pensar tranquila da equipa pode ser uma mais valia sem entrar em ansiedade, porque será prejudicial se assim for. É muito importante pensar naquilo que se vai fazer para alcançar o resultado final e não entrar com o resultado final na cabeça.”
Exemplo de Turim:
“Há muitos momentos na época e nos anos em que estamos aqui que podem ser exemplos de superação e de acreditar. Essa crença advém do trabalho que é feito aqui e da capacidade que os jogadores têm de interpretar aquilo que queremos para o jogo. Estamos confiantes. Sabemos que vamos ter pela frente um obstáculo difícil, mas estamos aqui para dar a resposta que temos que dar. Nos jogos que fizemos esta temporada fizemos sempre 90 minutos à FC Porto, exceto quando somos contrariados por equipas melhores. O sentimento de representar este clube histórico e o seu ADN é sempre metido em campo, uma vezes com mais qualidade ou capacidade, outras vezes menos. Temos momentos melhores e menos bons, mas isso faz parte da vida.”
Apoio dos adeptos no Olival:
“O Otávio estava a responder da forma correta. 90 minutos à FC Porto passa pela capacidade de acreditar, ser resiliente, o perceber que todas as dificuldades que possamos ter podem ser ultrapassadas com mentalidade forte. Tentamos sempre entrar com esse espírito. É esse espírito que nos caracteriza e foi assim que ao longo destes quatro anos conseguimos ganhar títulos. As equipas estão melhor apetrechadas, especialmente na Europa e a nível financeiro. Há equipas que só um jogador é três vezes o nosso gasto no mercado. Agora, também há duas situações que não ganham jogos: orçamentos e estatísticas. E contra mim falo. No último jogo, com o Chelsea, ganhámos a nível estatístico e perdemos o jogo. O apoio dos adeptos está sempre presente. A tarja é normal e tem caracterizado o FC Porto.”
Significado do apuramento:
“É fazer melhor do que fizemos ultimamente. Chegámos aos oitavos de final, outra vez chegámos aos quartos de final, agora estamos nos quartos a meio de uma eliminatória. Claro que este fosso que existe entre os cinco clubes de topo, não só Europeu, mas mundial, é difícil, mas é de realçar todo o trajeto que esta equipa tem feito na Liga dos Campeões. Ninguém quer ganhar tanto este jogo como eu, talvez o presidente e os adeptos podem querer ganhar tanto como eu, mas mais do que eu ninguém quer. Mas não podemos apagar de todo o trajeto que temos feito na Liga dos Campeões. Estamos em Portugal, gastamos o que gastamos, temos as dificuldades que temos. É uma diferença brutal em relação aos outros. Estamos aqui prontos para ir à luta e dar luta.”