O treinador do FC Porto, estava bastante satisfeito com a forma como os Dragões defrontaram o Marselha de André Villas-Boas.
Sobre o jogo: “Os meus jogadores tiveram uma interpretação fantástica daquilo que foi a estratégia. Sabíamos que eles num esquema de 4x4x2 dificilmente iam acompanhar os laterais e por isso tentámos sempre sair por fora e funcionou. Foi um jogo muito bem conseguido em que permitimos muito pouco ao adversário e ainda criámos mais ocasiões para um resultado mais dilatada. É certo que se o Marselha marcava o penálti podia ter sido um jogo diferente, mas o futebol é isto. Fica uma boa exibição.”
Diferença entre a Champions e o Campeonato: “Estes jogos são de grandíssimo nível, outros são mais difíceis de preparar. Nestes três anos que estou aqui, temos demonstrado, não só na Champions, como no campeonato, temos mostrado que sabemos mudar esse chip. Ganhámos dois campeonatos em três no que perdemos fizemos oitenta e tal pontos. Não queiram pegar numa situação que não corre tão bem para colar selos. É habitual, em Portugal, num momento que se atravessa, colar um selo e andar ao sabor dele como convém a muita gente e não é isso que se passa aqui.”
Contas do grupo: “Está tudo muito por decidir, ainda. Foram três pontos importantes. O próximo jogo pode ser muito importante para a qualificação.”
Sobre Marega: “Em Portugal existe a mania de se colocar selos e olha-se para o Marega como um jogador que tecnicamente não é bom. Mas estamos a falar em alguém que em três anos comigo fez 70 golos no campeonato e que marca a cada dois jogos na Liga dos Campeões. Muitas vezes vejo criticar jogadores porque não são as tais focas de circo. Eu não quero focas de circo, nem malabaristas. Quero jogadores de futebol.”
Vitória dá mais tranquilidade? “Não gosto muito de andar ao balanço de um resultado, de uma opinião ou de uma crítica. Acho que a confiança tem de ver através do trabalho diário, da qualidade dos jogadores, do que é a nossa determinação e dedicação ao trabalho. Depois podem acontecer jogos menos bons e temos de analisar o que correu menos bem e ver por onde temos de trabalhar. Ver o que já fizemos de bem e temos de voltar a fazer. É trabalho. Se formos a olhar para o lado, muita gente critica. Acho que é de louvar e realçar alguns jogadores. Estou-me a lembrar do Marega que em três anos fez quase 70 golos e não é no campeonato da República Dominicana. Em cada dois jogos da Champions tem um golo. E depois pedimos para trabalhar desta forma em termos defensivos e faz também isto. É com este carácter e atitude, dou o exemplo deste jogador, mas podia dar de outros… quando é assim as coisas ficam mais fáceis e ficamos mais próximos de ganhar jogos.”
Falta de adeptos nas bancadas: “É uma pena. Temos adeptos de qualidade de Champions, apaixonados, grandiosos na dedicação ao clube, e merecíamos ter aqui adeptos para aplaudir momentos fantásticos como o do terceiro golo. Para quem diz que o FC Porto só só jogar bola para a frente, podem meter os olhos naquele lance.”