Basta um ponto para o FC Porto carimbar o passaporte para os oitavos de final da Liga dos Campeões, mas Sérgio Conceição e os jogadores querem vencer o Schalke e arrumar de vez a questão do primeiro lugar do Grupo D. Na antevisão do desafio com o vice-campeão alemão, referente à 5.ª jornada, o treinador dos campeões nacionais perspetivou as dificuldades de sempre numa competição como esta, mas acredita no trabalho e na qualidade do coletivo portista para fazer o pleno de triunfos nos jogos em casa na presente edição da Liga dos Campeões. Com duas rondas por disputar, o FC Porto é líder, com dez pontos, mais dois do que o Schalke e mais seis do que o Galatasaray.
Elogios ao adversário
“O campeonato alemão é talvez o mais competitivo do Mundo e sabemos que o Schalke tem vindo a melhorar. É uma equipa fortíssima, com um sistema tático um pouco diferente do normal e que cria dificuldades aos adversários. É uma equipa que sabe o que quer, bastante objetiva. Arrisco-me a dizer que este é o jogo mais difícil da fase de grupos, mas estamos preparados. Para nós, é um desafio a forma como vamos encarar este jogo estrategicamente, tentando explorar as fragilidades do adversário e condicionar os seus pontos mais fortes. Depois do nosso jogo na Alemanha, ouvi alguém dizer que o Schalke era mais fraco do que o Qarabag, mas já é normal tentarem minimizar os feitos do FC Porto e isso é algo que me deixa irritado. Temos um grupo forte e equilibrado, mesmo não tendo apanhado nenhum tubarão, como se costuma dizer. Se calhar é mais fácil passar num grupo com um tubarão e dois golfinhos. Apanhámos um grupo equilibrado, no qual é mais difícil passar.”
O propósito de sempre: ganhar
“Encaramos todos os jogos com o mesmo propósito: ganhar os três pontos e fazer uma boa prestação. Uma vitória permite-nos terminar no primeiro lugar e sabemos da importância disso, mas não estamos minimamente pressionados. Não pensamos nos ses do futebol. O importante é aquilo que controlamos, ou seja, a nossa prestação. As estatísticas não nos dizem nada. Estamos focados única e exclusivamente no jogo de amanhã e em conquistar os três pontos. Trabalhámos e preparámos o jogo para ganhá-lo.”
O segredo do FC Porto
“É o trabalho e a dedicação dos jogadores, é o entenderem a mensagem e o que significa representar um clube como o FC Porto. Por vezes é bom tocar no fundo, e para nós tocar no fundo foi, por exemplo, perder no Estádio do Luz, para percebermos o que podemos ganhar com isso. É o falar pouco e trabalhar muito. É o sermos dedicados no dia a dia. Depois, as coisas surgem de forma natural. Não há magia, é o trabalho e a seriedade. Como o Óliver disse, ele vai apoiar a equipa, jogue zero, 60 ou 90 minutos. Isto é muito importante, pois é um sentimento comum a todo o grupo de trabalho. Temos um balneário muito forte. Existe uma grande aceitação e um grande respeito uns pelos outros, e de todos pela equipa técnica.”
Muitas e boas soluções
“Nós temos mais soluções e ficamos contentes. Toda a gente está em condições, excetuando o Aboubakar e os jogadores que ficaram de fora, por um motivo ou outro, da inscrição da UEFA. Fico contente com isso, são motivos que me deixam satisfeito, mas isso é o meu trabalho, é decidir quem está em melhor forma e, por vezes, também escolher os jogadores que me dão mais garantias para defrontar determinado adversário.”
