Sérgio Conceição entrega ao presidente aquilo que diz respeito ao presidente e a mais ninguém. Vem esta consideração suportada na reação do técnico do FC Porto à polémica em torno da renovação de contrato de Hector Herrera, capitão de equipa.
Após vários dias de especulação quanto ao futuro do mexicano, depois de Pinto da Costa ter anunciado que o médio exigiu seis milhões de euros para prolongar o vínculo que o liga aos dragões, o técnico dos campeões nacionais revelou que não falou com o atleta sobre o assunto.
Aliás, temas “à volta do futebol” ficam “à porta do Olival”.
“Isso acontece em todos os clubes”, começou por dizer, esta quinta-feira, durante a antevisão do encontro da Taça de Portugal, frente ao Vila Real.
“O presidente é soberano, temos de aceitar e não comentar. Já dalei com o Herrera mas sobre o que é este jogo [com o Vila Real] e o trabalho diário. Não falei com ele sobre nada daquilo do que foi comentado pela imprensa. O nosso foco e o fundamental é o trabalho e a preparação para o jogo de Vila Real. Tudo o que são contratos e o que anda à volta do dutebol, deixamos à porta do Olival. Estamos atentos, ouvimos o que se vai dizendo mas isso não é fundamental”, comentou.
Instado, então, a esclarecer se a situação de Herrera – mas também de Brahimi, em contexto idêntico – poderá levá-lo a preocupações quanto ao rendimento em campo, Sérgio Conceição foi claro.
“A mim preocupa-me o rendimento da equipa. Trabalho para melhorar a equipa. Não julgamos os jogadores por 90'. Há todo um trabalho semanal que valorizamos”, completou, mantendo o discurso quando questionado sobre se estaria também preocupado em perder Herrera e Brahimi já na reabertura do mercado de transferências, em janeiro.