Segundo noticiado hoje no EXPRESSO, Rui Pinto estava a colaborar com o Ministério Público francês, de acordo com o que diz um dos advogados dele, William Bourdon. “Existe uma cooperação ativa entre Rui Pinto e e o Parquet National Financier [PNF, o departamento do Ministério Público francês especializado em crimes financeiros]”, revelou Bourdon numa entrevista à agência France Press (AFP).
O Expresso e os outros parceiros de media do consórcio EIC (European Investigative Collaborations) confirmaram entretanto junto de várias fontes que essa colaboração entre o português e os procuradores franceses estava de facto em curso. O Ministério Público francês não quis, no entanto, comentar o assunto.
Ainda segundo o EXPRESSO, o advogado francês adiantou entretanto ao EIC que Rui Pinto também aceitou um pedido de colaboração que lhe tinha sido enviado por um procurador suíço, Damian K. Graf, que foi escolhido a 23 de novembro de 2018 pelo Ministério Público helvético para liderar uma investigação judicial sobre a relação entre um colega magistrado, Rinaldo Arnold, e o presidente da FIFA, Gianni Infantino, na sequência das revelações publicadas nesse mês pelos parceiros do EIC com base nos Football Leaks.
“Encontrei-me com o meu cliente na última terça-feira e ele mandatou-me para aceitar o pedido de colaboração que lhe foi enviado pelo procurador especial suíço responsável pela investigação judicial sobre a relação entre o procurador suíço [Rinaldo Arnold] e o presidente da FIFA Gianni Infantino”, esclareceu Bourdon ao EIC. Contactado pelo consórcio, Damian K. Graf não esteve disponível para prestar declarações.
A colaboração entre Rui Pinto e as autoridades francesas e suíças ficou suspensa a partir do momento em que foi preso na quarta-feira, na sequência da emissão de um mandado de detenção europeu a pedido de Portugal.
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