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Rui Pinto e a acusação feita à Benfica SAD: “Continuará acima da lei?

Rui Pinto utilizou, nesta terça-feira, as suas redes sociais para responder à acusação do Ministério Público direcionada à SAD do Benfica no caso dos emails.

O denunciante expressou a sua expectativa de que a acusação represente um “ponto de viragem” para a credibilização do futebol português, bem como para a justiça no país.

“A acusação que foi tornada pública hoje, e as suas consequências, serão de extrema relevância não apenas para o processo de credibilização do futebol português, mas também para a própria Justiça. A instituição Benfica continuará a estar acima da lei? Ou será que este será o momento de mudança? Apenas o tempo o dirá”, pode ler-se na mensagem de Rui Pinto na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter).

Em outra mensagem na mesma rede social, Rui Pinto, pelo qual foram tornados públicos emails que estiveram na origem deste processo e, consequentemente, nesta acusação, destacou também o “silêncio cúmplice da Federação, da Liga Portugal e dos seus dirigentes”.

“É importante também salientar o silêncio cúmplice da Federação, da Liga Portugal e dos seus dirigentes de topo, que outrora foram tão incansáveis e diligentes a promover a luta contra a manipulação de resultados e a defesa da integridade das competições, em conferências e outras aparições públicas”, criticou Rui Pinto.

A acusação do Ministério Público, que foi tornada pública hoje, diz respeito ao caso dos emails e envolve a SAD do Benfica em diversos crimes, incluindo corrupção ativa e fraude fiscal.

O despacho abrange também o antigo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o ex-assessor jurídico Paulo Gonçalves, bem como a SAD do Vitória FC, isentando o atual presidente, Rui Costa, e outros membros das direcções atual e anterior.

Em questão está, de acordo com a acusação, um suposto esquema, que tinha como mentor Luís Filipe Vieira e que visava subverter a verdade desportiva através do controlo de outros clubes para facilitar ao Benfica em jogos de confronto direto.

A investigação da Polícia Judiciária, que decorreu entre 2016 e 2019, também analisou a atuação da equipa do Vitória em jogos contra o Benfica, tendo concluído que o clube da Luz foi favorecido em campo pela má atuação, supostamente intencional, de alguns jogadores adversários.