O Tribunal da Relação do Porto confirmou a condenação de sete meses de prisão, com a pena suspensa, do ex-líder da claque dos Super Dragões, Fernando Madureira, por ter lançado pedras, garrafas de vidro e outros objetos a agentes da PSP antes de um jogo de hóquei contra o Benfica, em 2018, nas proximidades do Estádio do Dragão.
O caso refere-se ao crime de participação em rixa no contexto de um espetáculo desportivo ou evento relacionado com a atividade desportiva, na sua forma tentada.
Os juízes mantiveram as condenações dos outros seis indivíduos, incluindo Hugo “Polaco”, que recebeu uma pena de 15 meses de prisão, também suspensa, e que será julgado no caso “Pretoriano”.
Como pena acessória, Madureira está proibido de frequentar locais desportivos durante um ano e meio, e o Tribunal da Relação confirmou a sanção que também se aplica aos outros seis arguidos.
Em 7 de abril de 2018, “Macaco” e oito Super Dragões organizaram um ataque com a participação de várias dezenas de adeptos do F.C. Porto ou membros da claque, que se dividiram em dois grupos. Um dos grupos posicionou-se na parte superior do Estádio do Dragão e lançou pedras da calçada e garrafas de vidro aos agentes da PSP, que se encontravam a vigiar a estação devido à iminente chegada de 200 adeptos do Benfica, que, naquela tarde de 7 de abril de 2018, iria defrontar a equipa de hóquei do Porto na Dragão Arena, no âmbito da Liga Europeia.
O Tribunal concluiu que “um grupo, formado por dezenas de adeptos do Futebol Clube do Porto e/ou membros dos “Super Dragões” de identidade não claramente apurada, entre os quais não se encontravam os arguidos, permaneceu na parte superior do parapeito do Estádio do Dragão, lançando pedras da calçada e garrafas de vidro aos elementos da PSP que se encontravam a vigiar a entrada norte da estação de Metropolitano “Estádio do Dragão”.