W52-FC Porto-Mestre da Cor foi a grande protagonista da sexta etapa ganha por Rui Sousa
Raúl Alarcón conservou esta quinta-feira a camisola amarela na edição de 2017 da Volta a Portugal em bicicleta, após ter concluído uma espetacular sexta etapa na quinta posição, integrado no grupo que perseguiu durante os últimos quilómetros Rui Sousa (RP Boavista), o vencedor da etapa. Juntamente com Alarcón terminaram Gustavo Veloso (4.º), Amaro Antunes (8.º) e António Carvalho (10.º), que fechou o top-10.
Os 182,2 quilómetros que ligaram Braga a Fafe ficaram marcados por muita animação, muito por culpa da equipa portista, que assumiu sempre as despesas, ora das fugas, ora da frente da corrida. Tudo começou com uma fuga de 16 elementos, dos quais faziam parte os portistas António Carvalho e Ricardo Mestre. Ambos forçaram o andamento de um grupo que chegou a ter quase 5 minutos de avanço para o pelotão e que acabou por ir enfraquecendo à medida que se aproximava a passagem pela maior dificuldade do dia: a subida ao Monte do Viso (1.ª categoria).
Terminada a fuga, outros portistas assumiram as despesas da etapa. Era o momento de Amaro Antunes, Raúl Alárcón e, de novo, António Carvalho, sempre seguidos de perto por Gustavo Veloso, imporem um ritmo demasiado forte para um dos potenciais candidatos à vitória: Alejandro Marque (Sporting-Tavira) não foi capaz de seguir no grupo e complicou em muito as aspirações ao triunfo final (terminou a 1m23s).
Já com a corrida controlada, o veterano Rui Sousa acabou por fazer valer uma fuga a solo que iniciou à passagem pelo Salto da Pedra Sentada, a cerca de 25 quilómetros da meta.
Concluida a sexta etapa, Raúl Alarcón continua como líder da classificação geral, tendo a companhia de Amaro Antunes (3.º, a 30 segundos), Gustavo Veloso (5.º a 39s) e António Carvalho (7.º, 1m35s) entre os 10 melhores da prova. Mais próximo está Rinaldo Nocentini (Sporting Tavira), que segue no segundo posto a 24 segundos.
No final da etapa, o líder da geral mostrou-se feliz pela equipa continuar a cumprir os seus objetivos, mas lembrou que há um rival que não está muito distante. O objetivo é só um, continuar a lutar todos os dias: “Seguimos a lutar pela vitória e temos três corredores bem colocados para isso: Eu o Amaro e o Gustavo. Hoje tentamos ganhar tempo aos rivais. Conseguimos ao Marque, mas não ao Nocentini, mas continuamos sempre a tentar. Faltam quatro etapas e tudo pode acontecer. Temos que continuar com uma boa tática, porque por agora eu tenho a camisola amarela e um dia podemos fazer com que o Gustavo a consiga. Já o fizemos noutras corridas”, lembrou.
Na sexta-feira o pelotão cumpre o sempre ansiado dia de descanso, antes de partir para a decisiva fase da prova. No sábado, naquela que será a sétima etapa, a partida será dada em Lousada para 161,9 quilómetros que terminarão em Santo Tirso. Neste dia, a grande dificuldade está reservada para os últimos quilómetros, quando os corredores enfrentarem a exigente subida do Monte Córdova (2.ª categoria), até ao alto do Santuário de Nossa Senhora da Assunção.