Em entrevista ao Porto Canal, Antonio Folha recordou o dia em que recebeu a proposta para treinar a equipa B do FC Porto, numa altura em que lutava pela manutenção na Segunda Liga.
“Podia já ter estado a treinar, houve convites, que não aceitei por uma ou outra razão, mas quando há a chamada do FC Porto… Toda a gente sabe da minha ligação a esta casa”, começou por dizer.
“Cresci aqui, entrei aqui com 12 anos, tenho 50 e aqui estou. Quando há uma chamada para uma situação daquelas, estando naquele momento sem treinar, não havia como dizer que não”, continuou.
“Era um trabalho muito diferente do que tive até aqui e era muito difícil. Era para me pôr à prova. Acreditei que era possível. Conheço bem a casa, conhecia bem os jogadores que estavam, apesar de, naquele momento, sentir que havia muita desconfiança. Era difícil estar dias após dias a treinar, a darem o máximo e não aparecerem os resultados ao fim de semana. Quando eu entro, a situação é essa e assim continuou. Não aparecendo um ou outro resultado gera-se intranquilidade e o potencial que os jogadores tinham demorava a emergir por esse motivo. Por tudo isto, não podia dizer que não”, justificou Folha.