FC Porto

Plantel terá ficado dividido após castigo de André Villas-Boas após o clássico

O balneário do FC Porto ficou agitado após o clássico. As repercussões da derrota contundente contra o Benfica (1-4) provocaram um abalo significativo e intensificaram a tensão após o apito final.

O primeiro sinal de inquietação veio com a intervenção de André Villas-Boas. O presidente foi contundente e expressou a sua insatisfação com a atitude da equipa num jogo que ele mesmo designou como o “jogo da época”. O discurso do líder culminou com um alerta de que o grupo deveria demonstrar um ato de contrição para o exterior, deixando a decisão sobre o estágio e a renúncia ao dia de folga nas mãos dos jogadores.

Antes da conferência de imprensa, Martín Anselmi esteve no balneário e percebeu que os jogadores queriam recusar o castigo e regressar para junto das suas famílias. O treinador argentino sublinhou que a decisão pertencia ao plantel, mas ao voltar da conferência, anunciou que o castigo era, de facto, obrigatório.

Foi neste momento que surgiu o risco de insubordinação no balneário. Muitas vozes levantaram-se contra a instrução, uma vez que os jogadores compreenderam, o que foi corroborado por Martín Anselmi, que a ordem emanou de André Villas-Boas.

A instrução abrangeu até os jogadores que se encontravam nas bancadas e os que não estavam convocados. Em algumas situações, o facto de as famílias estarem no Dragão, à espera para regressar a casa, intensificou os protestos.

Contudo, após algum tempo, membros com maior influência no grupo conseguiram apaziguar os ânimos e, face ao evidente desconforto da equipa técnica com a situação, foram criadas as condições para a deslocação ao Hotel Solverde, que se concretizou já no início da madrugada.

As atitudes da equipa foram mal recebidas pela administração, que acredita ter proporcionado todas as condições para o sucesso no clássico, incluindo, pela primeira vez em muito tempo, com os salários e os prémios de desempenho em dia.