Jorge Nuno Pinto da Costa recordou Reinaldo Teles, antigo dirigente portista que faleceu em 2020, na XXVIII Gala “O Melhor Treinador”, do jornal O Gaiense.
O Presidente do FC Porto, num “momento difícil de exprimir”, recordou o homem em quem “tinha confiança cega”, “um amigo de todas as horas dos seus amigos, não só das horas boas”. Pinto da Costa lembrou Reinaldo Teles como “um homem afável, tendo sido um atleta, um homem com uma força invulgar, era um homem pacificador, um homem bom”, que “não morreu” e “está no meio de nós”.
Sobre Reinaldo Teles
“É um momento difícil de exprimir para todos e, de modo particular, para todos os que conviveram com ele. Ao Reinaldo, aos filhos do Reinaldo, que são prolongamento do Reinaldo, como vocês sentem e estão a verificar, o Reinaldo não morreu, foi para um sítio melhor que o nosso, está aqui no meio de nós, sempre a ser um exemplo e um estímulo. Referiram que um dia eu disse que só confiava no meu cão, que era Dragão, e no Reinaldo. De facto, não queria dizer que só pudesse confiar no Reinaldo, mas foi o exemplo para demonstrar a confiança cega que tinha nele. Conheci o Reinaldo como atleta de pugilismo há cerca de 50 anos, quando fui diretor de boxe, sem dar um soco na vida. Chamavam-me bombeiro voluntário por ser o diretor de várias secções das modalidades e, um dia, ligaram-me a dizer: “Bombeiro voluntário, preciso de si, senão o Presidente fecha a secção”, ao que eu respondi: “Diga qual é a secção”. Era o boxe, ia caindo. No boxe, tive o privilégio de conhecer uma das pessoas mais minhas amigas. Bendita a hora que disse que sim, o Reinaldo era um amigo de todas as horas dos seus amigos, não só das horas boas. Era um homem afável, tendo sido um atleta, um homem com uma força invulgar, era um homem pacificador, um homem bom. Sei que estão orgulhosos do que o vosso pai foi, ele está no meio de nós. Temos de cuidar uns dos outros, ser uns para os outros, para que o mundo seja melhor. Obrigado por me permitirem estar presente”.