No seu livro “Azul até ao fim”, Pinto da Costa revelou que não tinha a intenção de prolongar o contrato com Sérgio Conceição em 2023, manifestando o seu desagrado em relação às declarações do treinador após o encontro do F. C. Porto com o Inter de Milão, onde a equipa não conseguiu marcar e foi eliminada da Liga dos Campeões.
“Contudo, como a lealdade é uma condição fundamental para a convivência, após as declarações de Sérgio Conceição após o jogo F. C. Porto-Inter, não me sinto em condições de considerar uma renovação e, após esta desilusão, disse a mim mesmo: BASTA!”, lê-se num trecho de 17 de março de 2023, ao qual o JN teve acesso.
Nessa altura, Sérgio Conceição mencionou “cinco anos e meio muito desafiadores”. “Tudo o que temos conseguido com 30 por cento da equipa B, e outros 40 por cento que foram recrutados a clubes de média dimensão, como Paços de Ferreira, Santa Clara, Famalicão, Rio Ave… E, no entanto, o mérito é inexistente. Falam do Otávio, do Taremi que se atira para o chão, do Sérgio Conceição que é um arruaceiro. É importante reconhecer que estes cinco anos e meio no F. C. Porto foram muito difíceis, com anos de fair-play financeiro, sem a possibilidade de contratar jogadores, apenas a vender para equilibrar, é uma tarefa muito complicada. É um trabalho árduo que não é devidamente valorizado”.
No ano de 2024, dois dias antes das eleições, Pinto da Costa decidiu renovar o contrato de Sérgio Conceição até 2028.
