As operações de Zé Luís e Nakajima colocaram o FC Porto a apenas dois dias de não conseguir participar na Liga dos Campeões. As declarações do ex-treinador, após o jogo com o Inter, “comprometeram” a relação. O novo livro do ex-Presidente dos dragões traz à tona revelações. Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, partilha detalhes sobre decisões financeiras “desastrosas” que quase impediram o clube de estar na Liga dos Campeões em 2022. Algumas passagens do livro “Azul até ao Fim”, que será lançado na próxima semana, já eram conhecidas, incluindo a lista de pessoas que Pinto da Costa desejava que estivessem no seu funeral.
Jorge Nuno Pinto da Costa, partilha detalhes sobre decisões financeiras “desastrosas” que quase impediram o clube de participar na Liga dos Campeões em 2022.
Na terça-feira, o Jornal de Notícias avança que o ex-dirigente revela na sua nova obra que o clube esteve a dois dias de não conseguir cumprir com os requisitos financeiros necessários para a sua participação na principal competição europeia de futebol, devido a dívidas significativas.
Essas dívidas foram, em grande parte, resultado das contratações de Zé Luís e Nakajima, que Pinto da Costa descreve como “atos de gestão desastrosos”.
No livro, Pinto da Costa, no entanto, assume a responsabilidade por estas decisões: apesar da “pressão” do então treinador Sérgio Conceição para a aquisição dos dois jogadores, a direção do clube cometeu um erro ao ceder a essa pressão. “A pressão que o treinador” exerceu “não servia de desculpa”, cita o JN: “Os culpados fomos nós” por ceder a essa pressão, explica.
O ex-presidente, que actualmente luta contra um cancro na próstata, revela que ameaçou demitir-se caso os dragões não conseguissem participar na Liga dos Campeões.
“Já tinha avisado os meus colegas que, se tal acontecesse, me demitia. E expliquei-lhes que não havia outra solução, pois essas dívidas eram, em grande parte, resultado de dois atos de gestão desastrosos — a aquisição de José Luís e de Nakajima”.