Numa compilação de seis vídeos, Pepe relembra algumas histórias da sua carreira, nomeadamente, a sua chegada a Portugal.
Pepe tem vindo a publicar no seu Instagram vídeos onde relembra histórias da sua carreira. No segundo vídeo (de seis), de forma divertida, relembra a sua chegada a Portugal. Refere que foi uma transferência “engraçada, porque eu não era a primeira opção para poder vir. O Marítimo, naquela altura, foi em busca de uma avançado…”.
O defesa, que atuava na formação do Corinthians, tinha sido chamado para um jogo-treino com a equipa principal. Nelo Vingada e Carlos Pereira (treinador e presidente do Marítimo) estavam presentes para avaliar um avançado, mas foi Pepe quem deu nas vistas,
“O treinador, como já me conhecia, sabia que eu era muito duro e tinha muita garra, chegou para mim e falou assim: Olha Pepe, tu vais jogar contra esse avançado, mas vai devagar, esta bem? Se for para cima de ti, deixa-o fintar-te, deixa-o fazer golo, porque vêm aqui umas pessoas para o ver, para o comprar e vai ser uma ajuda muito grande para o clube. Mas não dês muito nas vistas”. Eu, ali com os meus 17 anos, disse que estava bem, mas por dentro dizia que ia dar o meu melhor, porque queria a minha oportunidade para poder ir para a Europa”, contou o defesa central do FC Porto.
O que era suposto ser um jogo-treino, passou a ser um duelo a sério para Pepe. “Comecei a roubar-lhe a bola sempre que ele a recebia”, continuou. “O treinador da equipa principal gritava o meu nome e eu levantava a mão e pedia desculpa, mas ia outra vez e roubava-lhe a bola, até que parou o treino”. Foi então que Nelo Vigara e Carlos Pereira se dirigiram ao jogador e perguntaram se queria alinhar na equipa portuguesa. Pepe não teve dúvidas em responder afirmativamente, descobrindo, depois, que precisava de uma autorização dos pais para prosseguir com a sua transferência. “A partir daí houve esse contacto entre o meu pai, o prof. Nelo Vingada e o presidente do Marítimo, depois com o clube onde eu estava, e chegaram a acordo para eu ir como ‘contrapeso’ do Ezequias e desse tal avançado, que contrataram também. Fui para os juniores do Marítimo”.
Pepe relembra, ainda, as dificuldades que sentiu ao chegar a Portugal. Estava num país diferente, tinha pouco dinheiro, mas sempre recebeu o apoio incondicional dos pais que não o deixaram desamparado. “Vais, mas aconteça o que acontecer tens sempre aqui a porta da tua casa aberta”.
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