Lucho González esteve seis anos no FC Porto e a sua participação no ”Thinking Football Summit”, organizado pela Liga, ficou marcada por recordações desse período.
“O FC Porto é um clube com um sentimento e uma essência de ganhar muito grandes. Não me refiro só aos jogos, mas também ao quotidiano. Quando há esse pensamento competitivo, sem relaxar e a tentar melhorar, as coisas acabam por acontecer. Tenho a felicidade de ter passado por clubes que conquistaram vários títulos”, disse, numa palestra dada por videoconferência.
“Estava habituado a ter um treinador que fosse próximo dos jogadores. Até o idioma foi diferente. O Co Adriaanse só falava em inglês e eu pouco falava inglês. Eram o Baía, o Pedro Emanuel e o Rui Barros que traduziam para o resto do pessoal. Fiquei com a ideia de que uma estratégia do nosso presidente para colocar novamente o clube em ordem. O Co Adriaanse era um treinador um pouco frio e distante, mas hoje, sendo também eu treinador, vejo que são particularidades da escola neerlandesa”, considerou.
“Lembro-me de duas situações na pré-época, por exemplo. Um dia pensávamos que íamos ter o domingo de folga e ele obrigou-nos a fazer 60 quilómetros de bicicleta. Outra vez, já ele dizia algumas coisas em português, pensávamos que o dia também ia ser tranquilo e ele levou-nos a fazer remo ou canoagem… Acho que desde então nunca mais entrei numa canoa (risos). Não quer dizer que não tenham êxito no futebol… mas que foi difícil, isso foi (risos)”, acrescentou ainda.