No programa Universo Porto da Bancada desta terça feira, Pedro Bragança abordou as perguntas colocadas por Varandas Fernandes à Liga Portuguesa de Futebol e Federação Portuguesa de Futebol.
Relembrando a conferência de imprensa realizada no estádio da Luz, onde o vice-presidente 'encarnado' Varandas Fernandes deu a conhecer um lote de seis questões que o clube pretende ver respondidas pelas duas entidades, além de ter também lançado um desafio, com o objetivo de “defender a transparência e a equidade desportiva no futebol”.
Varandas Fernandes começou por destacar a pretensão do Benfica em “reforçar a hegemonia no futebol português” e “continuar a aposta na formação” como motor para novas conquistas, mas depois centrou-se na lista de seis questões para LPFP e FPF.
O dirigente questionou em que ponto estavam as investigações relativamente à invasão ao centro de treinos dos árbitros, na Maia, considerando que “já passou tempo demais sem os necessários esclarecimentos” e que “o caso parece esquecido sob um manto de opacidade”.
Já sobre a divulgação pública recente de contratos de jogadores do Benfica, Varandas Fernandes reiterou ser “evidente que não foi no Benfica que a fuga teve origem”.
Dando por garantida “a existência de fragilidades e falta de segurança no sistema de troca de correspondência” da LPFP e da FPF, deixou outra pergunta: “Porque será que só há fugas para a praça pública de contratos do Benfica, e sempre em blogues reconhecidamente associados a outros clubes?”
O Benfica diz ainda não encontrar justificação para “o silêncio e total inação da LPFP e FPF diante do crime de acesso indevido e divulgação de correspondência privada por parte de um clube em relação a outro”, numa alusão ao FC Porto e ao caso dos emails.
Varandas Fernandes disse ser “mais do que tempo de clarificar posições face a comportamentos que criaram um ambiente de enorme pressão sobre as equipas de arbitragem”, e que esta é uma altura de “assumir atitudes que de forma clara defendam a indústria do futebol, diante de factos que merecem reprovação pública e reclamam respostas claras dos responsáveis institucionais”.
O vice-presidente 'encarnado' sublinhou que assumir esta posição a pouco mais de uma semana de começar o campeonato nacional foi a forma encontrada pelo Benfica para prevenir que se viva “um clima asfixiante e de guerrilha como o da última época”.
Nesse sentido, deixou à LPFP e FPF o desafio de “publicar nas suas páginas o percurso profissional dos seus dirigentes e dos seus quadros” por forma, justificou, “a desfazer o mito de que o Benfica domina as principais estruturas do futebol português”.
Tal ação, disse a terminar Varandas Fernandes, procura que haja uma “transparência e escrutínio total” que o Benfica acredita “será um contributo decisivo para se acabar com a falsa propaganda de que o Benfica controla as principais instâncias do futebol nacional”.