Paulo Gomes, advogado de defesa de José Silva, a “toupeira” que estava alegadamente ao serviço de Paulo Gonçalves e do Benfica, ficou ontem sujeito à medida de coacção mais grave, a prisão preventiva. Ora, na declaração que fez após o conhecimento da medida de coacção, disse que haviam “escutas e vigilâncias” que suportavam as acusações.
Hoje, na imprensa escrita (JN), é referido que nas escutas recolhidas pela Polícia Judiciária, terão sido intercetados contactos estabelecidos pelos funcionários judiciais arguidos no caso e-Toupeira, em que, alegadamente, conspiravam com Paulo Gonçalves sobre processos relacionados com FC Porto e Sporting.
Segundo o JN, o teor das interceções telefónicas e vigilâncias consolidou os dados resultantes de uma auditoria informática levada a cabo pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça: as credenciais da procuradora Ana Paula Vitorino terão sido roubadas por José Silva para ter acesso aos processos que, alegadamente, interessavam a Paulo Gonçalves.