No editorial da revista ‘Dragões’, Pinto da Costa, presidente do FC Porto, volta a falar das críticas à arbitragem do jogo entre o FC Porto e o Rio Ave, esperando que, até final da temporada, “não se repitam, seja em que campo for, erros tão graves.
“O que se passou no jogo entre o FC Porto e o Rio Ave é merecedor de profunda reflexão sobre o presente e o futuro da arbitragem portuguesa. É opinião unânime entre os especialistas da área – coisa rara – que ficou por assinalar um penálti por falta sobre Marega. Artur Soares Dias, que muitos consideram um árbitro de excelência, não marcou nada. E o videoárbitro Vasco Santos, perante as mesmas imagens esclarecedoras que todos nós vimos e ainda outras a que só ele tem acesso, também nada fez. Como não duvido da seriedade dos árbitros sem ter provas que me levem a fazê-lo, só posso considerar que um erro tão grosseiro resulta de uma incompetência que coloca em causa a capacidade destes senhores para continuarem a arbitrar”, sustenta o presidente dos dragões.
“No mesmo jogo, foi-nos anulado um golo por um suposto fora de jogo de três centímetros que só foi descortinado na cidade do futebol, após mais de seis minutos de análise, e que até agora ninguém conseguiu garantir mesmo que existiu – pela nossa parte, não deixaremos de solicitar uma auditoria ao sistema de linhas de fora de jogo do videoárbitro e à forma como é operacionalizado, algo que ainda ninguém percebeu muito bem. Recordo que há não muito tempo o presidente do Comité de Árbitros da UEFA pronunciou-se precisamente sobre este tipo de lances, de acordo com o que li na imprensa: ‘Queremos que o VAR intervenha apenas quando as imagens mostram um erro claro. Caso contrário, a decisão tomada em campo é a melhor’”, salienta Pinto da Costa.
“Infelizmente, parece que alguns árbitros portugueses ou não leem os jornais, ou não ligam muito a estas coisas… Espero, sinceramente, que até ao final deste campeonato não se repitam, seja em que campo for, erros tão graves como o que impediram o FC Porto de vencer o Rio Ave no jogo da 24.ª jornada. Nada poderia ser mais prejudicial para a credibilidade do futebol português do que a convicção generalizada, uma vez mais, de que não foi o mérito desportivo a decidir o título de campeão nacional”, argumenta.