O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a maioria das decisões do Tribunal da Relação no caso dos emails, resultando na condenação do FC Porto a pagar cerca de 770 mil euros ao Benfica.
O FC Porto foi sentenciado a pagar 605.300,90 euros ao Benfica, a que se somam juros de mora de aproximadamente 164 mil euros, totalizando quase 769.300,90 euros.
A decisão foi divulgada na segunda-feira, coincidindo com o funeral de Jorge Nuno Pinto da Costa, que também esteve envolvido no caso.
Os réus, que incluem o Futebol Clube do Porto, Futebol Clube do Porto, SAD, FCP Media, S.A., Avenida dos Aliados – Sociedade de Comunicação, S.A., Francisco J. Marques, Jorge Nuno Pinto da Costa, Fernando Gomes e Adelino Caldeira, recorreram ao STJ, cuja decisão é final.
Em maio, o STJ recalculou a indemnização a ser paga pelo FC Porto, anulando a decisão anterior que estipulava um milhão de euros. Nessa altura, Pinto da Costa, Adelino Caldeira e Fernando Gomes foram absolvidos.
Resultado final
O caso dos emails remonta a 2017 e 2018, quando foram divulgadas comunicações entre pessoas ligadas ao Benfica e terceiros, no programa ‘Universo Porto – da bancada’, do Porto Canal.
O caso teve início quando Francisco J. Marques divulgou emails que, segundo se alega, indicavam um esquema de favorecimento das arbitragens ao Benfica.
Durante o programa, o diretor de comunicação dos dragões leu uma suposta troca de emails entre Pedro Guerra, ex-diretor de conteúdos da Benfica TV, e o ex-árbitro Adão Mendes, relativos à temporada 2013/2014.
Adicionalmente, Francisco J. Marques revelou que Luís Filipe Vieira – na altura, presidente do Benfica – era referido nos emails como “o primeiro-ministro”, e que os árbitros eram chamados de “padres”.