Futebol

Otávio foi a 'chave' certa para abrir a muralha insular

Cerca de seis meses depois, FC Porto regressou ao “Caldeirão dos Barreiros” onde na época passada ficou a um passo da conquista do título, e voltou a sair com motivos para sorrir do tradicionalmente difícil Estádio do Marítimo. Com golos de Otávio e de Marega na segunda parte, venceu por 2-0, isolou-se, pelo menos provisoriamente, na liderança da Liga (o Sporting de Braga só joga este domingo), e aumentou para quatro pontos a vantagem sobre o terceiro classificado, o Benfica, que não somou nenhum nesta nona jornada.

Sérgio Conceição apostou no mesmo onze que no domingo passado derrotou o Feirense (2-0), radicalmente diferente daquele que apresentou, depois, na quarta-feira, frente ao Varzim (4-2), para a Taça Liga, porque o calendário está, nesta altura, bastante carregado. No Funchal, os Dragões disputaram – e ganharam – o quinto jogo no espaço de 15 dias e, como lhes é característico, entraram a todo o gás, com ataques perigosos que causaram algumas dificuldades ao adversário, sem que daí, no entanto, tenham resultado consequências de maior para a baliza insular.

O Marítimo conseguiu travar o ímpeto inicial portista, apoiando-se num bloco baixo que tirou profundidade ao jogo do FC Porto, nunca permitindo que a bola chegasse com perigo perto da sua área. No ataque, é verdade que raramente existiu, mas até podia ter marcado no seu primeiro e único remate na direção da baliza durante os primeiros 45 minutos. No entanto, Casillas, cara a cara com Joel Tagueu, voltou a mostrar por que razão é um dos melhores do mundo na sua posição (28m) – foi a melhor oportunidade de uma primeira parte em que se viu mais espetáculo nas bancadas, sobretudo proporcionado pelos adeptos portistas que, mais uma vez, voltaram a marcar presença em grande número.

O segundo tempo não mudou muito a face do jogo: o Marítimo continuou entrincheirado lá atrás e o FC Porto a tentar encontrar todos os caminhos para chegar à baliza de Amir. A missão não estava fácil e pareceu complicar-se quando Marega desperdiçou uma grande penalidade, a castigar uma falta de Lucas Áfrico sobre Soares (62m). Mas tudo mudou quando, pouco depois, Sérgio Conceição lançou Otávio e desbloqueou o problema: apenas três minutos depois ter entrado, o médio brasileiro finalizou como merecia uma excelente combinação do ataque portista entre Soares e Marega (70m), um verdadeiro hino ao futebol.

O Marítimo tentou a resposta, mas as intenções logo foram travadas, porque o 2-0 apareceu num ápice: Óliver recuperou a bola a meio-campo num lance que terminou com Otávio a assistir para Marega voltar a marcar à antiga equipa (73m), tal como acontecera na época passada, quer ali quer no Dragão. A partir daí só deu FC Porto e o resultado podia ter sido mais expressivo, mas nem Felipe (79m), nem Marega (81m) nem Otávio (84m) voltaram a conseguir bater o guardião maritimista, que ainda negou com uma grande defesa o segundo golo ao médio brasileiro.  

 

Texto: Fonte fcporto.pt