O FC Porto recuperou o dossiê Nakajima e já tem um pré-acordo com o extremo para a próxima temporada, mas continua atento ao mercado e, ao que tudo indica, vai mesmo contratar outro extremo.
De acordo com o que O JOGO apurou, o negócio com o Al-Duhail, do Catar, pode efetuar-se, apesar do investimento de 35 milhões de euros feito no início do ano. Neste momento há duas hipóteses a serem analisadas: o empréstimo por uma temporada com opção de compra, ou a vinda do japonês a título definitivo mediante o pagamento de uma verba e com os dois clubes a partilharem os direitos económicos.
Theodoro Fonseca, acionista maioritário da SAD do Portimonense, de onde Nakajima se transferiu para a equipa orientada por Rui Faria, está a mediar as negociações, que só devem ficar concluídas no início de julho para não mexerem com as contas 2018/19 da SAD.
O interesse do FC Porto em Nakajima, de 24 anos, foi avançado em primeira mão por O JOGO a 16 de junho, mas o assunto ficou em banho-maria, dado haver outros nomes em equação. O Pequeno Imperador, como é conhecido, esteve até ao início da semana na Copa América, mas já tinha manifestado, junto dos seus representantes, o desejo de sair do Al-Duhail, onde não se conseguiu adaptar ao futebol e ao calor, além de estar descontente com a qualidade do campeonato e as fracas assistências nos jogos.
Terminada a prova de seleções, o extremo voltou a conversar com o FC Porto, tendo chegado a um entendimento. O elevado salário que aufere no Catar, a rondar os 3,5 milhões de euros limpos, era um enorme entrave, mas o jogador ter-se-á mostrado disposto a baixá-lo consideravelmente para cumprir o desejo que nunca escondeu de “um dia jogar no FC Porto”, por ser fã das “características e estilo de jogo” dos dragões, como confessou em tempos numa entrevista. A SAD vai por isso fazer um esforço financeiro para o garantir.
O interesse em Nakajima, refira-se, não é de agora. Já na época passada, antes da saída para o Catar, o FC Porto tinha feito uma “sondagem” pelo japonês. “O FC Porto manifestou interesse, mas a cotação do jogador subiu para um nível que não está ao alcance do futebol português e o Portimonense nunca poderia sair prejudicado”, explicou em janeiro Theodoro Fonseca.