Em declarações exclusivas ao ‘Portal dos Dragões’ na sequência da Diáspora do Clube, realizada em Seia, Vítor Baía lembrou os tempos de jogador, a pressão de, tão novo, ter mil olhos em cima de si e a “causa” FC Porto.
“Como jogador, naturalmente há um momento da nossa carreira em que tudo se confunde. Somos profissionais e naturalmente ganhamos dinheiro pelo que fazemos mas há um turbilhão de sentimentos e a uma dada altura damo-nos conta de que defendemos o clube como se de uma causa de tratasse, como se fosse mesmo nosso. Eu e os meus colegas quase todos nascemos na formação do FC Porto. Somos profissionais, sim, mas havia uma componente extra que nos levou a um patamar superior, de excelência, que era poder lutar pelo clube como se fosse nosso. Ganhávamos dinheiro, mas os outros também ganhavam e não faziam isso. Ganhavam dinheiro, mas não conseguiam transportar aquele extra, aquele lado que nos momentos de equilíbrio nos levava a conseguir vencer e superar determinadas adversidades que se iam colocando no nosso caminho”, lembrou Vítor Baía.
“As coisas foram evoluindo, foram crescendo, fomos conquistando… É extremamente importante para um miúdo com 18 anos ser logo campeão, trás logo uma confiança incrível. Nós sabemos que com esta idade temos muitos olhos à espera de um erro e à espera da crucificação pela juventude, pela inexperiência. Felizmente isto também nos dá a fase das pessoas acreditarem em nós, da confiança das pessoas. Ser logo campeão no primeiro ano trouxe-me uma ajuda preciosa. Depois fomos ao longo do tempo potenciando as nossas qualidades, os objetivos são sempre redefinidos”, disse ainda o agora vice-Presidente do FC Porto.