Ontem tivemos o prazer de assistir a mais uma fraca exibição da equipa do Benfica, sustentada por adeptos e dirigentes numa fraca exibição do árbitro. Se muitos concordam que a expulsão de Taarabt foi bem ajuizada, outros tantos mascaram a má exibição encarnada com lances idênticos em jogo dos rivais. Poucos sustentam a sua opinião no último lance da partida, em que Darwin tinha tudo para assistir um colega e, quem sabe, garantir a vitória. O uruguaio preferiu o já habitual individualismo, acabando o jogo visivelmente agastado e deitado no relvado.
Se dentro das quatro linhas a exibição foi má, fora dela, a exibição foi ainda pior e mostrou o verdadeiro caracter de dirigentes que se assumiam por essas televisões fora como isentos. Rui Pedro Brás deu uma pequena demonstração do seu perverso mau perder. O mesmo homem que usava o seu tempo de antena para criticar Sérgio Conceição, as suas atitudes e o seu mau perder, mostrou ontem, em pleno Estádio da Luz, que tem imensos telhados de vidro. O agora diretor-geral para o futebol do clube encarnado foi expulso pelo árbitro Manuel Oliveira, mas, antes de se dirigir para o balneário, fez questão de insultar o juiz da partida: “não tens vergonha, car*lho? Filho da p*ta pá”, foram as palavras, perceptíveis, dirigidas a Manuel Oliveira. Ora, o homem que tantas vezes pediu a pacificação do futebol, a erradicação dos agentes que destilam o ódio e que estragam o futebol português e que tantas vezes se referiu a Conceição como um homem mau, mostrou, ontem, que tudo era mais fácil quando se limitava, atrás de uma câmera, a ofender o técnico portista. O que diria o comentador Rui Pedro Brás sobre o dirigente Rui Pedro Brás?