Quando questionado se poderá ter um lugar como timoneiro dos dragões no futuro, o “Bicho” falou da dificuldade que sentiu quando passou por outros bancos deste país, vendo mesmo o seu profissionalismo colocado em causa:
“Claro que as pessoas do Porto gostam de mim, sinto esse carinho e sinto um enorme orgulho por ter o meu passado ligado ao FC Porto. Não escondi, não escondo e nunca esconderei, até porque é impossível, que o meu clube do coração é o FC Porto. Mas isso também me prejudica. Uma vez dei comigo a pensar que há pessoas que não conseguem despir-me a camisola. Quando trabalhas em Braga, Faro, em Olhão, em Coimbra, em Arouca, em Paços, só para falar nos sítios onde já trabalhei em Portugal, não me conseguem despir a camisola do FC Porto, não conseguem perceber que ali está uma pessoa que será para sempre um símbolo do FC Porto, até porque estou no museu, mas também e principalmente um profissional. Em Portugal ainda se confunde muito as paixões com o profissionalismo, ainda se confunde muito a telepatia coma tia do Pelé… É quase uma falta de respeito porque quase põem em causa o meu profissionalismo.