Massa Crítica Portista

O jogo além de Herrera – Tribunal do Dragão

 
 
Minuto 87: Héctor Herrera entra em campo.

Minuto 88: O FC Porto ganha um lançamento de linha lateral… e bate a bola diretamente para Ederson. O FC Porto entrega a bola ao Benfica ao minuto 88.

Minuto 89: Cruzamento do lado direito do Benfica. O FC Porto tem 6 jogadores metidos na sua grande área, para 3 do Benfica. A equipa deixa de pressionar e recua todas as suas linhas.

Minuto 89: Falta ganha por André Silva. O FC Porto perde a bola menos de 10 segundos depois e permite um ataque rápido do Benfica.

Minuto 90: Rúben Neves, no seu meio-campo, atira a bola para a frente, tentando apanhar Layún nas costas da defesa. A bola saiu pela linha lateral. Posse novamente para o Benfica.

Minuto 90: Alex Telles ganha no corpo-a-corpo e a bola vai sair pela linha de fundo, o que daria pontapé de baliza e mais alguns segundos a Casillas. Mas Layún evitou que a bola saísse, foi prontamente pressionado e foi forçado a pontapear para a frente, entregando a bola ao Benfica.

Minuto 90'+1: Rúben Neves desmarca Herrera pela direita. Herrera podia ir para a bandeirola de canto, aguentar lá a posse e ganhar tempo. Mas preferiu ir diretamente para a zona central, onde já tinha 3 jogadores do Benfica a fechar-lhe o corredor. O lance acabou por quase dar a Rúben Neves a possibilidade do 2×0. Foi a última aproximação à grande área para tentar matar o jogo.

90'+2: Eliseu mostra agilidade pela primeira vez na partida e desvia-se do corte de Herrera.

90'+2: Herrera e Maxi, que estavam junto à bandeirola de canto, viram as costas e correm para a grande área. Ninguém se apercebeu que André Horta estava ali completamente sozinho, pronto para receber a bola. O FC Porto tem neste momento os 11 jogadores enfiados na sua grande área. A pressa de povoar a grande área foi tanta que ninguém pensou que o Benfica tinha pelo menos 2 jogadores livres para ir receber o canto curto.

90'+2: Herrera é o único a sair na pressão e tenta evitar o passe para Pizzi. André Horta puxa para dentro e cruza.

90'+2: Lisandro, entre Danilo e Rúben Neves, faz o golo. 

Estes foram os minutos finais do clássico entre FC Porto e Benfica. E resumem uma coisa: falta de maturidade. Uma equipa que não foi capaz de aguentar a bola 10 segundos na reta final. Uma equipa que entregou voluntariamente a bola ao Benfica. Que não foi pragmática, não soube jogar com o relógio. Uma equipa que acusou toda a sua inexperiência para os minutos finais. Faltou uma coisa importantíssima: liderança. No banco e dentro de campo.