Na antevisão ao jogo com o Estoril, Sérgio Conceição desvalorizou os elogios que tem recebido e mostrou-se orgulhoso com os recordes batidos.
“Não significa nada, se calhar esses há uns tempos já disseram mal, o que é um elogio para mim. Mesmo os nossos adeptos chamam pelo meu nome e amanhã quando não se ganha são os mesmos que criticam, um treinador tem de saber viver com isso. O elogio que dão hoje vem dos mesmos que me criticaram severamente no passado”, disse.
“Se a qualidade não estiver lá é difícil mexer com ela. Equipa técnica é muito exigente no trabalho diário. Se no treino o jogador fizer o suficiente e basta, isso para nós não serve. Temos de apontar virtudes e defeitos, trabalhar no campo, ter toda essa crença de que podem fazer, de que podem chegar, de que o limite de hoje é diferente do de amanhã, tudo isso junto faz com que os jogadores subam de produção. Outros não conseguem. Temos conseguido elevar o nível da maior parte e tem muito a ver com o seu trabalho. A minha evolução tem a ver com os diferentes grupos que vou apanhando. Sou muito dedicado ao trabalho, as coisas têm corrido bem nesse sentido, temos conseguido juntar a valorização dos jogadores a títulos, que é importante, mas continuo com o meu trabalho. Não gosto de falar de mim, é muito mais para além de mim”.
Sobre o recorde de pontos e 58 jogos sem derrotas: “Orgulho, prazer, os diferentes departamentos contribuíram para isso, há lá gente muito competente. Nos anos em que não fomos campeões passámos sempre a barreira dos 80 pontos, dar uma palavra aos rivais, Benfica e Sporting, foram muito fortes nesses anos. Os números e as vitórias são importantes, mas se me pergunta se preferia 79 pontos e ser campeão na mesma, preferia”.