Ontem, depois do segundo golo de Sérgio Oliveira, que acabou por dar a vitória ao FC Porto, a confusão rebentou entre os dois bancos, com os treinadores principais das duas equipas, Paulo Sérgio e Sérgio Conceição, a terem de ser apaziguados pelos seus jogadores, que também se envolveram em alguns bate-boca e empurrões.
Diferente é o comportamento do Jornal “a Bola”, sempre com grande “controlo emocional” para empreender a sua linha de ataque ao FC Porto.
“Sem Nível” é o título da primeira página de hoje, destacado na foto de capa, com os dois treinadores em foco. Opção editorial diferente da que fora tomada no dia 23 de Setembro de 2013, após Jorge Jesus, ainda na sua primeira passagem como treinador do Benfica, ter mesmo chegado a agredir a polícia, depois de perturbar a intervenção das autoridades, quando estavam a deter adeptos benfiquistas por invadirem o campo, em Guimarães. Nesse dia, como título, lemos “Renascido”, com uma foto em grande do jogo. Preferiram optar por uma pequena imagem na lateral com o título “Jesus Em Confusão Com A polícia”, sonegando as agressões e o acicatar dos ânimos que essa atitude, de desrespeito para com a autoridade, proporcionou.
Esse “renascimento” era saudado, claro está, devido a uma aproximação ao FC Porto na tabela classificativa, após um início de época complicado. Se Jesus fora absolvido pela “Bíblia do futebol português”, com foto pequena e título sem valoração moral, hoje, o “Sem Nível”, carimba não só a acção, como deixa uma porta aberta à análise de carácter dos intervenientes.
Sem nível é esta diferença de critérios editoriais!