Cerca de uma centena de adeptos do Hajduk Split plantaram esta noite o terror no centro da cidade de Guimarães, com várias esplanadas partidas, pessoas agredidas e barricadas e muita destruição.
Em declarações à SIC Notícias, uma testemunha garante que existiam portugueses no grupo, onde estariam vários elementos da claque do Benfica ”No Name Boys”. Segundo Marta Mendes, ouviram-se frases como “Guimarães é nosso” e “vamos por esta cidade a arder”.
Depois dos vários minutos de caos, as mais de 100 pessoas entraram em cinco autocarros em direção à cidade do Porto, tendo sido interceptadas pelas autoridades na VCI, onde se criou novo caos, com dezenas de pessoas a fugiram a pé.
Nas redes sociais houve adeptos encarnados a garantir o apoio aos croatas, deixando claro que isto foi um ataque planeado: “Vamos estar aí com os nossos irmãos certamente” e “tudo preparado para invadir” foram alguns dos comentários publicados.
Das 154 pessoas identificadas pela polícia, 23 são portugueses. Fontes da polícia e adeptos do Vitória SC admitem tratarem-se de membros da claque benfiquista.
A amizade entre as claques começou numa eliminatória da Liga dos Campeões, a 14 de setembro de 1994. Três elementos da claque No Name Boys, de alcunhas “Gullit”, “Tino” e “Rita”, morreram num acidente de carro quando voltavam do estádio, depois do jogo entre Benfica e Hajduk. A partir desse momento, a Torcida e os No Name juraram ‘amizade eterna’.
A verdade é que a ação das forças policiais falhou na noite de ontem em Guimarães. Os vídeos publicados nas redes sociais mostram o desespero de várias pessoas, que fugiram de esplanadas e ruas. O grupo, por onde passava, destruía tudo o que via, lançando petardos e potes de fumo, sem se preocupar com a presença de pessoas e de crianças.