Emídio Rafael, antigo defesa-esquerdo azul e branco, recordou (ao “Maisfutebol”) a passagem pelo FC Porto, a influência imediata de Villas-Boas e o seu “grito de revolta”:
“Lembro-me perfeitamente que durante a semana levamos uma lavagem cerebral, aquilo que o pessoal costuma chamar de injeção. No balneário tínhamos as televisões sempre a passar vídeos do Benfica, ou o Benfica a festejar, ou entradas mais duras a jogadores nossos na época passada, e aquilo foi ali fabricando na nossa cabeça. Quando chegámos à Supertaça nós atropelámos o Benfica. Ele dizia muito: ‘Temos que dar o grito de revolta pelo que se passou o ano passado’”, recordou, afirmando também que, a partir daí, o plantel ficou convencido de que era impossível de bater.
“A pré-época foi mais ou menos e nesse jogo vimos que tudo o que ele dizia e tudo o que ele treinava, dava resultado. Atenção que o Benfica vinha de uma época muito forte com Jorge Jesus, tinha Saviola, Pablo Aimar, vencia tudo e todos. E nós cilindrámos o Benfica. A confiança aí ficou em alta. ‘Ok, nós somos melhores e vamos bater em toda a gente’.