A polémica nomeação do juiz Paulo Registo para presidir o coletivo que iria julgar Rui Pinto pelos 90 crimes de que é acusado chegou ao jornal norte-americano 'The New York Times' (NYT).
A publicação destaca que o “Benfica gaba-se de contar com mais de metade da população de Portugal como sua apoiante e juízes, procuradores, elementos de topo da polícia e até o primeiro-ministro do país são convidados regulares na tribuna nos jogos da equipa”.
“As revelações [de Rui Pinto] foram aclamadas por mostrarem o lado mais escondido do desporto mais popular do mundo, mas por agora apenas causam ansiedade a Pinto. Isto porque o seu destino está, potencialmente, nas mãos de um juiz, Paulo Registo, que pode já ter dado sinais de acreditar que o seu réu é culpado”, escrevem.
Contactado pela publicação, Francisco Teixeira da Mota, um dos advogados do 'hacker' afirma que a situação “Não é confortável. Obviamente que gostaríamos que fosse alguém que não tivesse ligado ao Benfica”.
O jornal norte-americano destaca ainda a ligação do juiz ao caso que envolveu Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica.
Por fim, o 'New York Times' afirma que o futuro do juiz no caso de Rui Pinto é incerto, dando conta do pedido de Paulo Registo para ser afastado do caso, noticiado na passada segunda-feira.