O julgamento de Rui Pinto continua e hoje teve a presença de Nélio Lucas, ex-CEO da Doyen, e que acusa Rui Pinto, criador da plataforma Football Leaks, de extorsão.
Nélio Lucas foi ouvido esta manhã, apresentando-se como empresário, e lembrou o “sobressalto” gerado pelo Football Leaks.
“Em 2015, o mundo do futebol ficou em sobressalto com a aparição do Football Leaks, que debitava informação confidencial de contratos de jogadores, clubes e fundos de investimento. Achávamos que a fuga tinha vindo do Sporting, por causa do Rojo. Quando extravasou a esfera portuguesa até desconfiámos da FIFA”, considerando que “não havia interesse público” na divulgação de contratos.
“Não vejo interesse público na revelação dos contratos. Estes eram enviados pelos clubes à FPF e à CMVM, não são coisas feitas debaixo da mesa”.
O ex-CEO da Doyen levantou também o véu em relação ao suposto email de alegada chantagem de Rui Pinto: “Senti estupefação, medo e ameaça, embora nada tivesse a temer em termos criminais”. Sobre o conteúdo da mensagem, foi contundente: “Esse artista tentou dourar a pílula para receber o dinheiro. Ficou claro o que estava a acontecer, por ‘contribuição generosa’, entendo que se tratava de alguém que estava a tentar extorquir-me”, rematou Nélio Lucas.