A relação do juiz Rui Rangel com o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, mediada pelo advogado Jorge Barroso, para que o magistrado exercesse influência num processo fiscal do tribunal de Sintra é uma das linha de investigação da Operação Lex.
Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que, em causa, estão pedidos e promessas de intervenção do juiz desembargador a troco de vantagens patrimoniais para influenciar decisões de outros juízes de direito.
Rangel é suspeito tentar influenciar o titular de um processo de natureza fiscal, do tribunal de Sintra, a troco de um cargo futuro na direção do Benfica ou na universidade que o clube pretende criar no Seixal.
A Operação Lex surgiu de certidão extraída da Operação Rota do Atlântico que tem José Veiga como arguido por suspeitas de corrupção no comércio internacional, fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influências.
Em causa está ainda a alegada intervenção de Rui Rangel junto de outros juízes do TRL para absolver José Veiga de fraude fiscal e branqueamento de capitais que tinha sido condenado em primeira instância.
Os interrogatórios judiciais dos cinco detidos começaram ontem ao início da noite no Supremo Tribunal de Justiça, onde o processo corre termos, dado que envolve dois juízes desembargadores, e é dirigido pelo juiz conselheiro Pires da Graça.