O treinador do FC Porto não ficou indiferente ao que aconteceu ontem em Alvalade. Num tom assertivo, mas equilibrado, Moncho López mostrou-se revoltado com a arbitragem de Carlos Santos.
Moncho López
“Como é evidente, é difícil opinar neste momento e não deixar sair cá para fora as coisas que pensei e penso. Estou tranquilo. Primeiro, quero dar os parabéns aos meus atletas, pois muitos disseram que o Sporting ia ganhar 3-0 na final e não foi assim. Demonstrámos até ao último segundo do último jogo que tínhamos capacidade para sermos campeões numa época muito difícil por muitas circunstâncias. Parabéns também ao Sporting por ter lutado até ao fim e por ter feito o que fez para contrariar a nossa capacidade competitiva, que foi muito elevada na final. Estou há muitos anos em Portugal e já vi coisas que gosto muito e outras que gosto menos, mas o que aconteceu hoje é algo inadmissível. Foi uma arbitragem que mostrou uma clara tendência de prejudicar a nossa equipa e podemos ficar com a jogada final: há uma falta que não se apita sobre um jogador nosso e que nos dava a possibilidade de ir para a linha de lance livre e vencer o jogo. Quem sabe o que aconteceria depois, mas é inacreditável que não se apite aquela falta. Houve um critério desigual durante todo o jogo, o que me faz pensar que foi intencional. Custa, sobretudo quando falamos de árbitros deste nível, internacionais, mas com a frieza que estou a falar podemos ir atrás na série, a outros jogos. Muitas vezes sentimos que havia a tendência de apitar com critérios díspares. Isto é um fraco favor ao basquetebol português, suja a modalidade e põe em causa muitas coisas. Quem percebe de basquetebol, como eu, não ficará só com o lance final. O que aconteceu faz-me lembrar campeonatos de terceiro mundo, nos quais há estratégias para prejudicar um determinado clube. Não quero falar demais, pois se disser tudo o que penso se calhar até estou a cometer um crime. O que tenho de dizer é que o FC Porto e os seus adeptos merecem mais respeito. Isto foi uma falta de respeito muito grande à instituição e à massa adepta portista, além de ser um atentado à modalidade.”