Pepe admitiu, depois do jogo com o Estoril, que os dois jogos frente ao Benfica no espaço de uma semana, um para o campeonato e outro para a taça de Portugal, foram a chave para a época gloriosa do FC Porto.
“Trabalhámos no duro nesta época. Ser campeão nacional é sempre muito especial para todos, dos mais velhos aos mais novos. Fica sempre marcado na nossa carreira”, disse o experiente central, antes de revelar o melhor momento da época portista.
“Os dois jogos que fizemos com o Benfica. Eram extremamente importantes para nós e estamos num nível competitivo muito elevado. Muita gente pensava que nós iríamos quebrar com a pausa do Natal, mas a verdade é que voltámos muito fortes. Tivemos jogos fora de casa muto difíceis, mas conseguimos ultrapassá-los. Esses jogos foram pontos-chave no nosso percurso”, admitiu.
“Encarámos todos os jogos com grande humildade. Uns jogavam mais, outros menos, mas o mais importante era sempre o grupo. O mais importante era cumprir aquilo que o treinador nos pedia, indo lá para dentro para fazer o nosso melhor. A nossa causa era sempre lutar até ao fim com grande humildade. Foi assim toda a época”, advertiu.
Sobre a longevidade na carreira: “É à custa de muito trabalho, muita dedicação e paixão pela modalidade. É isso que eu mais gosto: jogar futebol. Tenho a sorte de trabalhar com uma equipa técnica, um departamento médico e uma equipa de analistas que ajudam sempre muito. Sou um privilegiado por poder trabalhar com pessoas como essas aos 39 anos”.
Vai jogar até quando? “Para já, mais uma época. Tenho mais uma época de contrato. Tem de ser jogo a jogo, dia a dia. Dedico-me muito nos treinos. Cada treino para mim é como um jogo. Chego a descansar mais nos jogos do que nos treinos. Isso tem a ver com a forma como nós trabalhamos aqui, com a exigência do nosso treinador. Os treinos têm sempre de ser mais do que um jogo. Estou muito feliz por poder continuar a fazer aquilo que mais gosto aos 39 anos: poder ajudar o meu clube e os meus companheiros.”